Crítica – O Presente

João Fagundes
2 Min de Leitura

Com um estilo de suspense à la “Garota Exemplar”, o diretor (e também ator no filme) Joel Edgerton faz um grande enigma envolta de uma amizade que o tempo não apagou. Apropriado para o mês do Natal, o filme está repleto de presentes. E quem não gosta de um bom presente?

Os recém casados Simon (Jason Bateman) e Robyn (Rebecca Hall) acabam de se mudar para uma bela casa, onde pretendem ter filhos e um padrão de vida melhor. Por obra do destino, Simon encontra um colega dos tempos da escola, Gordo (Joel Edgerton) que logo tenta se aproximar, sendo atencioso ao extremo, causando desconfortos ao casal.

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É normal não nos afeiçoarmos de cara com os personagens, pois isso normalmente seria construído no decorrer do filme, mas neste será decepcionante procurar algum rosto carismático, e com o passar dos minutos se tornam mais insossos. Culpa do diretor que acumulou para si diversas funções, inclusive a de interpretar.

O problema está em jogar muita informação e não esclarecer tudo. Os bons atores que estão no filme receberam papéis avulsos e mesmo com todo o esforço do mundo não marcaram. As surpresas (principalmente os presentes) são sempre o melhor remédio, esse que está frequente no longa.

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Os cenários e a fotografia são agradáveis, assim como a trilha sonora, que é o alimento para o terror psicológico. Embora tenha tido um início morno, nesse estado se manteve até o fim, onde pode chocar quem não imaginou tudo ao ligar os pontos. Está longe de ser um suspense espetacular.

A famosa lei de talião seria um alicerce interessante, mas aqui fica uma espécie de vingança desproporcional entre crianças, criando uma aura de suspense para se descobrir onde isso terminará. Até nisso o filme peca, nos deixa com mais dúvidas do que certezas. Tenha consigo uma imaginação fértil ou pouco interesse em desembrulhar os segredos do passado.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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