Crítica – 007 Contra Spectre

Victor Fonseca
4 Min de Leitura

O novo filme do agente secreto britânico, James Bond, chega com a missão de superar ou manter o nível do seu antecessor, 007 – Operação Skyfall, sucesso de critica e que teve 5 indicações ao Oscar. O vigésimo quarto filme da franquia, 007 – Contra Spectre, começa logo com um elaborado plano sequencia de encher os olhos que mistura a elegância e a ação, o que funcionou no anterior.

Sam Mendes retorna ao comando dessa nova missão de Bond. Dessa vez, o agente está na Cidade do México durante o Dia de los Muertos, seguindo uma trilha de um inimigo. Nisso ele acaba encontrando um anel misterioso com um símbolo de um polvo esculpido na prata. Seguindo as pistas retiradas desse anel, 007 vai para Roma e acaba descobrindo uma organização secreta criminosa, porém, o mistério por trás dessa organização vão muito além do que ele imaginava e pode envolver historias do seu nebuloso passado.

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Por um momento, Spectre nos entretêm e mantêm nossa atenção. O filme traz tudo do que gostamos na franquia: explosões, perseguições, belas cenárias e a mulheres bonitas, porém, infelizmente, o filme decai muito. Com ações burocráticas e às vezes maçantes, o roteiro vai conduzindo as coisas de forma básica e preguiçosa.

Diferente de Skyfall, que trazia elementos novos aos filmes do James Bond, Spectre não tem pretensões nenhuma em se arriscar e apresentar coisas novas as franquia que já tem mais de 50 anos. O longa serve melhor como uma homenagem a todo o legado de filmes do agente  e faz az uso de algumas referências que deverão encantar os aficionados de plantão.

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O que mais desaponta é a simplicidade do roteiro de SPECTRE, que se enche de clichês esperados, não evitando nenhum. O que dificulta mais ainda é que, o filme tem uma estrutura muito parecida com o recente Missão Impossível – Nação Secreta, uma mega organização criminosa que detém informações e acessos, o herói que age por conta própria enquanto sua profissão de agente corre risco e ao mesmo tempo que os colegas ajudam a burlar as regra. É a mesma historia contada de forma diferente e isso começa a cansar o espectador.

Mas nem tudo está perdido. Personagens conhecidos do cânone dos filmes, como M, Moneypenny e Q são muito bem utilizados, auxiliando o agente de diversas formas,  assim como os novos personagens, o líder criminoso Franz Oberhauser, interpretado por um contido Christoph Waltz, e o chefe de Segurança Denbigh, não desapontam. Destaque para Monica Bellucci, que interpretou a bondgirl, mais velha, aos 50 anos, porém, apesar da química com Daniel Craig, sua participação não foi bem aproveitada,  se resumindo a uma rápida aparição e… tchau.

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Não há o que reclamar da fotografia de 007 Contra Spectre.  Hoyte Van Hoytema (Interestelar)  fez um ótimo trabalho com a diversidade de lugares e ambientes, já que o filme teve locações em diversos cenários, como Tânger, Marrocos, Roma e Itália.

O resultado de tudo isso não é nem o melhor nem o pior 007 dos últimos anos. Ele continua sendo um ótimo filme de ação, porém depois de algo como Skyfall, 007 merecia mais do que apenas o básico, um filme que não se sustentasse apenas numa fórmula segura, que se arriscasse mais, assim como o seu protagonista.

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Estudante de Jornalismo, mas formado em medicina após 14 temporadas de Grey's Anatomy. Viciado em séries e amante do cinema.
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