Crítica – Caçadores de Emoção: Além do Limite

Emile Campos
4 Min de Leitura

Realmente é inegável a escassez de originalidade que vem assolando a indústria cinematográfica americana.

Entre as varias refilmagens,spin-offs e prequels, a bola da vez é Caçadores de Emoção, clássico longa de aventura estrelado por Patrick Swayze e Keanu Reeves e dirigido por Kathryn Bigelow( Guerra ao Terror) que tempos em tempos é reprisado na sessão da tarde.Bom, Caçadores De Emoção – Além Do Limite é tecnicamente, é um reboot e não um remake do de 1991: o enredo original foi mantido na essência, bem como os nomes das personagens – mas só isso,nada que justifique uma nova atualização.

A trama central é a mesma: um ex-atleta de esportes radicais (Luke Bracey, de O Melhor De Mim) entra para o FBI e a missão de Utah é se infiltrar em uma gangue cujo líder (Edgar Ramirez, de Joy: O Nome Do Sucesso) é um tipo carismático. Conforme a amizade entre os dois se fortalece, o protagonista questiona sua tarefa – tema semelhante ao de Velozes E Furiosos (2001), por exemplo.

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Com uma premissa simples o roteiro consegue ser mais preguiçoso no qual o foco é mostra belas cenas de ação e mais nada.No fim das contas, o espectador fica impressionado com as paisagens, mas não se conecta aos personagens – uma falha grave a qualquer filme narrativo.Pra se levar como exemplo os dilemas dos protagonistas são bem mais explorados no original que nesse,que procura para isso, umas questões filosóficas bem piegas por sinal!

Visto em filmes como O Melhor de Mim e G.I. Joe – Retaliação, Luke Bracey foi o escolhido para viver Johnny Utah, papel de Keanu Reeves. Reeves é um ator competente, mas perto de Bracey é Laurence Olivier. O ator é totalmente sem carisma, o que é algo gravíssimo em se tratando de um protagonista.

O ótimo Edgar Ramírez (Carlos e Joy: O Nome do Sucesso) interpreta Bodhi, sujeito que lidera o grupo de foras-da-lei. Em uma jornada espiritual, ele tenta trazer Utah para o seu lado. O ator é competente, mas o roteiro vazio e pouco inspirado não ajuda. Ray Winstone, Teresa Palmer, Clemens Schick, Max Thieriot e Delroy Lindo completam o time principal, mas o foco está mesmo na dupla principal.

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O ponto positivo está na sua fotografia, belíssima sempre destacando o ambiente da aventura como ninguém.As cenas de ação são muito boas, mas no geral o filme mais parece com documentários de canais televisivo de viagem e esporte radicais do que uma trama policial.

“Caçadores de Emoção – Além do Limite” falha em seu objetivo :se queria convencer com ideias originais (para não ser um simples remake), acaba por reproduzir um discurso ideológico risível, de tão estapafúrdio; já visualmente, a execução foi boa, mas parece um filme de esportes radicais. Melhor esperar o original de 1991 passar na sessão da tarde.

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