Que Horas Ela Volta? levou sete dos 14 prêmios para os quais foi indicado na 15ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na noite de terça-feira, 4 de outubro. Entre as estatuetas, o longa de Anna Muylaert ficou com o “Grande Otelo” de melhor filme, direção e roteiro original (também dela). Como era de se esperar, Regina Casé e Camila Márdila foram escolhidas melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, respectivamente, pela produção.
Vice-líder no número de indicações (12), Chatô – O Rei do Brasil levou também a prata considerando o número de prêmios: cinco, no total, incluindo melhor ator (Marco Ricca) e roteiro adaptado (por Guilherme Fontes, João Emanuel Carneiro e Matthew Robbins, da obra de Fernando Morais). Ricca não compareceu à cerimônia e Fontes, que era só sorrisos, deu a entender que o protagonista do filme não acreditava na vitória.
Neste ano, a Academia Brasileira de Cinema optou por pulverizar as estatuetas, o que resultou em mais de dez títulos premiados. O destaque negativo ficou por conta de Casa Grande, o pertinente trabalho de Fellipe Barbosa lembrado em dez categorias, mas que saiu sem nenhum troféu do evento. Por outro lado, Chico – Artista Brasileiro cantou por fora e foi eleito o melhor em quatro segmentos (documentário, montagem documentário, trilha sonora e som).
Os atores Fabrício Boliveira (Faroeste Caboclo) e Chris Vianna (Última Parada – 174) foram os mestres da cerimônia, que investiu em diversidade – com apresentadoras transexuais (Gisele Almodovar, alter ego de Silvero Pereira, do elogiado espetáculo teatral “BR Trans”; e a gaúcha Valéria Houston), o ator portador de Síndrome de Down Breno Viola e os mais variados tipos físicos em número musical em tributo a Cassia Eller – e consagrou a carreira de Daniel Filho com uma bem-humorada homenagem.
Confira a lista final de premiados abaixo.
MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO
– QUE HORAS ELA VOLTA? (vencedor)
– A HISTÓRIA DA ETERNIDADE
– AUSÊNCIA
– CALIFÓRNIA
– CASA GRANDE
– CHATÔ – O REI DO BRASIL
– SANGUE AZUL
– TUDO QUE APRENDEMOS JUNTOS
MELHOR DIREÇÃO
– ANNA MUYLAERT por Que horas ela volta? (vencedor)
– CAMILO CAVALCANTE por A história da eternidade
– CHICO TEIXEIRA por Ausência
– DANIEL FILHO por Sorria, você esta sendo filmado
– EDUARDO COUTINHO por Últimas conversas
– ERYK ROCHA por Campo de jogo
– FELLIPE GAMARANO BARBOSA por Casa Grande
MELHOR ATRIZ
– REGINA CASÉ como VAL por Que horas ela volta? (vencedor)
– ALICE BRAGA como EVA por Muitos homens num só
– ANDRÉA BELTRÃO como VIVI por Chatô – o rei do Brasil
– DIRA PAES como FLORITA por Órfãos do Eldorado
– FERNANDA MONTENEGRO como DONA MOCINHA por Infância
– MARCÉLIA CARTAXO como QUERÊNCIA por A história da eternidade
MELHOR ATOR
– MARCO RICCA como CHATÔ por Chatô – o rei do Brasil (vencedor)
– DANIEL DE OLIVEIRA como GUIMA por A estrada 47
– IRANDHIR SANTOS como NEY por Ausência
– JOÃO MIGUEL como AUGUSTO MATRAGA por A hora e a vez de Augusto Matraga
– LÁZARO RAMOS como LAERTE por Tudo que aprendemos juntos
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– CAMILA MÁRDILA como JÉSSICA por Que horas ela volta? (vencedor)
– FABIULA NASCIMENTO como ROSA por Operações especiais
– GEORGIANA GOES como LIA por Casa Grande
– KARINE TELES como DONA BÁRBARA por Que horas ela volta?
– LEANDRA LEAL como LOLA por Chatô – o rei do Brasil
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– CHICO ANYSIO como MAJOR CONSILVA por A hora e a vez de Augusto Matraga (Vencedor)
– ÂNGELO ANTÔNIO como CÉSAR por A Floresta que se move
– CLAUDIO JABORANDY como NATANIEL por A história da eternidade
– LOURENÇO MUTARELLI como DR. CARLOS por Que horas ela volta?
– MARCELLO NOVAES como HUGO por Casa Grande
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
– CHICO – ARTISTA BRASILEIRO (Vencedor)
– BETINHO, A ESPERANÇA EQUILIBRISTA
– CAMPO DE JOGO
– CÁSSIA ELLER
– ÚLTIMAS CONVERSAS
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
– INFÂNCIA (Vencedor)
– PEQUENO DICIONÁRIO AMOROSO 2
– S.O.S. MULHERES AO MAR 2
– SORRIA, VOCÊ ESTA SENDO FILMADO
– SUPER PAI
MELHOR LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
– ATÉ QUE A SBÓRNIA NOS SEPARE (Vencedor)
– RITOS DE PASSAGEM
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– ANNA MUYLAERT por Que horas ela volta? (Vencedor)
– ADIRLEY QUEIRÓS por Branco sai, Preto fica
– CAMILO CAVALCANTE por A história da eternidade
– FELLIPE GAMARANO BARBOSA e KAREN SZTAJNBERG por Casa Grande
– VICENTE FERRAZ por A estrada 47
MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO
– O SAL DA TERRA (Le Sel de La Terre, Documentário, França, Itália) (Vencedor)
– BIRDMAN – A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA (Birdman, ficção, EUA)
– LEVIATÃ (Leviathan, ficção, Rússia)
– OLMO E A GAIVOTA (Olmo and the seagull, documentário, Brasil, Dinamarca e Portugal)
– WHIPLASH – EM BUSCA DA PERFEIÇÃO (Whiplash, ficção, EUA)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– GUILHERME FONTES, JOÃO EMANUEL CARNEIRO e MATTHEW ROBBINS – adaptado da obra “Chatô – O Rei do Brasil” de Fernando Morais – por Chatô – o rei do Brasil (Vencedor)
– DOMINGOS OLIVEIRA – adaptado da obra teatral “Do fundo do lago escuro” de Domingos Oliveira – por Infância
– GUILHERME COELHO – adaptado da obra “Orfãos do Eldorado” de Milton Hatoum – por Órfãos do Eldorado
– LUSA SILVESTRE e MARCELO RUBENS PAIVA – adaptado da Obra teatral “No Retrovisor” de Marcelo Rubens Paiva – por Depois de tudo
– MANUELA DIAS e VINÍCIUS COIMBRA – adaptado da obra “Sagarana – conto: A hora e a vez de Augusto Matraga” de João Guimarães Rosa – por A hora e a vez de Augusto Matraga
– MARCOS JORGE – adaptado da obra “Os velhos marinheiros” de Jorge Amado – por O duelo
MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
– KAREN HARLEY por Que horas ela volta? (Vencedor)
– ALEXANDRE BOECHAT por A hora e a vez de Augusto Matraga
– FELIPE LACERDA e UMBERTO MARTINS, ABC por Chatô – o rei do Brasil
– KAREN HARLEY por Órfãos do Eldorado
– MAIR TAVARES por A estrada 47
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
– DIANA VASCONCELLOS por Chico – Artista Brasileiro (Vencedor)
– CARLOS NADER e ANDRÉ BRAZ por Homem Comum
– PAULO HENRIQUE FONTENELLE por Cássia Eller
– PEDRO ASBEG, EDT e VICTOR LOPES por Betinho, a esperança equilibrista
– RODRIGO PASTORE por Cauby – Começaria tudo outra vez
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
– ADRIAN TEIJIDO por Órfãos do Eldorado (Vencedor – empate)
– MAURO PINHEIRO JR por Sangue azul (Vencedor – empate)
– BÁRBARA ALVAREZ por Que horas ela volta?
– JOSÉ ROBERTO ELIEZER, ABC por Chatô – o rei do Brasil
– LULA CARVALHO por A hora e a vez de Augusto Matraga
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
– GUALTER PUPO por Chatô – o rei do Brasil (Vencedor)
– ANA MARA ABREU por Califórnia
– ANA PAULA CARDOSO por Casa Grande
– JULIA TIEMANN por A história da eternidade
– JULIANA CARAPEBA por Sangue azul
– MARCOS PEDROSO e THALES JUNQUEIRA por Que horas ela volta?
MELHOR FIGURINO
– RITA MURTINHO por Chatô – o rei do Brasil (Vencedor)
– ANDRÉ SIMONETTI e CLAUDIA KOPKE por Que horas ela volta?
– BETH FILIPECKI e RENALDO MACHADO por A hora e a vez de Augusto Matraga
– ELISABETTA ANTICO por A estrada 47
– GABRIELA CAMPOS por Casa Grande
– LETÍCIA BARBIERI por Califórnia
MELHOR MAQUIAGEM
– MARIA LUCIA MATTOS e MARTÍN MACIAS TRUJILLO por Chatô – o rei do Brasil (Vencedor)
– ANNA VAN STEEN por Califórnia
– AURI MOTA por Casa Grande
– FEDERICO CARRETTE e VICENZO MASTRANTONO por A estrada 47
– TAYCE VALE e VAVÁ TORRES por A hora e a vez de Augusto Matraga
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
– ZBGNIEW PREISNER por A história da eternidade (vencedor)
– ALEXANDRE GUERRA e FELIPE DE SOUZA por Tudo que aprendemos juntos
– ALEXANDRE KASSIN por Ausência
– FÁBIO TRUMMER e VITOR ARAÚJO por Que horas ela volta?
– PATRICK LAPLAN e VICTOR CAMELO por Casa Grande
– ZECA BALEIRO por Oração do amor selvagem
MELHOR TRILHA SONORA
– LUIS CLAUDIO RAMOS – a partir da obra de Chico Buarque – por Chico – Artista Brasileiro (Vencedor)
– LOS HERMANOS por Los Hermanos – Esse é só o começo do fim das nossas vidas
– LUIZ AVELLAR por A estrada 47
– NELSON HOINEFF – a partir da obra de Cauby Peixoto – por Cauby – Começaria tudo outra vez
– PAULO HENRIQUE FONTENELLE – a partir da obra de Cássia Eller – por Cássia Eller
MELHOR SOM
– BRUNO FERNANDES e RODRIGO NORONHA por Chico – Artista Brasileiro (Vencedor)
– ACÁCIO CAMPOS, BRUNO ARMELIM, GABRIELA CUNHA, JÚLIO CÉSAR, ERIC RIBEIRO CHRISTANI e CAETANO COTRIM por Cássia Eller
– EVANDRO LIMA, WALDIR XAVIER e DAMIÃO LOPES por Casa Grande
– GABRIELA CUNHA, MIRIAM BIDERMAN, ABC, RICARDO REIS e PAULO GAMA por Que horas ela volta?
– JOSÉ MOREAU LOUZEIRO e AURÉLIO DIAS por A hora e a vez de Augusto Matraga
– MARK VAN DER WILLIGEN, MARCELO CYRO, PEDRO LIMA e SÉRGIO FOUAD por Chatô – o rei do Brasil
MELHOR EFEITO VISUAL
– ROBSON SARTORI por A estrada 47 (Vencedor)
– GUILHERME RAMALHO por Que horas ela volta?
– MARCELO SIQUEIRA, ABC por Entrando numa roubada
– MARCELO SIQUEIRA, ABC por Linda de morrer
– MARCUS CIDREIRA por Chatô – o rei do Brasil
VOTO POPULAR (CONCORRIAM OS MESMOS TÍTULOS)
FICÇÃO
Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert
DOCUMENTÁRIO
Betinho – A Esperança Equilibrista, de Victor Lopes
ESTRANGEIRO
O Sal da Terra, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado (França, Itália)
MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO
– RAPSÓDIA DE UM HOMEM NEGRO de Gabriel Martins (Vencedor)
– HISTÓRIA DE UMA PENA de Leonardo Mouramateus
– LOÏE E LUCY de Isabella Raposo e Thiago Brito
– OUTUBRO ACABOU de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes
– QUINTAL de Andrés Novais
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
– UMA FAMILIA ILUSTRE de Beth Formaggini (Vencedor)
– A FESTA E OS CÃES de Leonardo Mouramateus
– CORDILHEIRA DE AMORA II de Jamille Fortunato
– DE PROFUNDIS de Isabela Cribari
– ENTREMUNDO de Renata Jardim e Thiago B. Mendonça
– RETRATO DE CARMEM D. de Isabel Joffily
– PRAÇA DA GUERRA de Edimilson Gomes
MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO
– ÉGUN de Helder Quiroga (Vencedor)
– ATÉ A CHINA de Marão
– GIZ de Cesar Cabral
– O QUEBRA-CABEÇA DE TÁRIK de Maria Leite
– VIRANDO GENTE de Analúcia Godoi