Maze Runner: A Cura Mortal | O fim da trilogia chega ensinando como fazer uma boa adaptação

Priscila Dórea
3 Min de Leitura

Depois de todos os atrasos nas gravações por causa do acidente de Dylan O’Brien, Maze Runner finalmente nos apresenta seu filme final e, de brinde, nos mostra como é possível finalizar uma história sem precisar dar um de Jack Estripador com a obra original. Dirigido por Wes Ball, Maze Runner: A Cura Mortal deixa nossa mente gritando “Não! Eu quero mais, mais, mais, mais!” assim que as luzes do cinema se acendem.

Um dos maiores atrativos de Maze Runner são as sequências de ação. Ação essa que está muito bem distribuída nas quase 2hr30min que o longa tem. Finalmente os rebeldes têm a oportunidade de enfrentar a C.R.U.E.L. Thomas (Dylan O’Brien) e Newt (Thomas Sangster) tentam resgatar Minho (Ki Hong Lee) que ainda é prisioneiro da organização, com o apoio de Caçarola (Dexter Darden), da dupla imbatível Brenda (Rosa Salazar) e Jorge (Giancarlo Esposito), e de um antigo personagem que ninguém achava que iria voltar. E claro, tem a Teresa (Kaya Scodelario)…

O livro é longo e seria facilmente cotado para o já conhecido “Filme Parte 1 e Filme Parte 2”, mas a história foi tão bem condensada que, apesar dos necessários cortes, o que é mostrado no filme é suficiente. No mais exemplar filme adaptado de obra literária que vimos nos últimos tempos. O longa fez muitas referências às partes cortadas, fazendo com que, quem leu, fique feliz por eles apenas não terem saído cortando tudo sem pensar, e aqueles que não leram, não vão se perder em detalhes estranhos que parecem não fazer sentido. Tudo está no seu lugar.

O único pecado do filme talvez seja a parte da vilania. A C.R.U.E.L. é a vilã da história, e a organização é representada por duas pessoas: Ava Paige (Patricia Clarkson), uma versão mais boazinha da Jeanine de Divergente e Janson (Aidan Gillen), uma versão menos manipuladora do Lord Baelish, papel que o Aidan interpreta em Game Of Thrones. Sim, o Midinho.

Enquanto a “vilã” Ava Paige tem motivações extremamente vagas e que parecem passar longe da maldade que se espera de alguém que planeja um experimento como o de Maze Runner. Janson, por sua vez, acaba nos mostrando uma motivação tão clichê que é quase triste quando você descobre… Mas se pensarmos bem, muitos vilões consagrados têm motivações bem mais ou menos.

Com cenas de ação loucas, dramas que apertam o coração (sério, se preparem…) e algumas reviravoltas interessantes, Maze Runner: A Cura Mortal cumpre de forma espetacular o seu papel no quesito adaptação. Tanto que deixa realmente aquela vontade de “aah, poderia ter mais um”, porém termina com aquele navio no horizonte. Navios no horizonte me lembram Resident Evil e todo mundo sabe o que aconteceu com Resident Evil.

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Jornalista e potterhead para toda eternidade, tem um amor nada secreto por mangás e picos de felicidade com livros em terceira pessoa. Além de colaboradora no Cinesia Geek, é repórter do Grupo A Tarde e coapresentadora do programa REC A Tarde.
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