Watch Dogs é uma franquia guerreira da Ubisoft. Começou com a fama de ser tão imersivo e gigantesco quanto GTA V (no marketing da produtora) mas não foi bem isso que vimos, mas pegou o que era de melhor dele e trouxe coisas bacanas para sua continuação o que rendeu um game melhor para se aproveitar e honesto no que promete.
Watch Dogs: Legion chega esse ano e a Ubi traz novas ideias pra implementar e continuar sua franquia, embora seja bacana, sobra boas intenções, falta capricho para trazer essas novidades ao jogo e o torna-lo algo de impacto em meio a um mercado saturado.
Na trama, após os atentados terroristas falsamente atribuídos à DedSec, a corporação militar privada Albion recebeu um reinado livre sobre a Grã-Bretanha. Eles montam postos de controle, administram espancamentos nas ruas, abordam transeuntes para verificações aleatórias de identidade, e carregam abertamente armas letais. Com isso nosso objetivo junto a DedSec é restaurar o status quo do grupo e desmascarar a Albion.
O enredo é simples, repleto de clichês, sendo quase uma mistura de V de Vingança com Detroit Become Human, com o estilo de narrativa já conhecida de alguns jogos da Ubisoft, mas é legal e ao menos consegue conduz satisfatoriamente a trama da campanha principal. A grande novidade aqui é que não há um protagonista fixo, e sim, você pode recrutar qualquer NPC para ser seu personagem. Isso é bacana? Claro! Poder encontrar uma pessoa, verificar seus dados ,atributos e outras coisa e ai tentar recruta-lo traz novas possibilidades para a gameplay. O grande problema nisso está para o enredo. Diferente dos anteriores em que controlávamos alguém, sabíamos de sua historia e personalidade, aqui com esse sistema estamos sempre com personagens genéricos e tudo tem que ficar apoiados aos NPC, até os outros personagens secundários tem carisma zero, e isso conta dentro da DedSec (com exceção de Bangley) trazendo para o enredo falta de apego por alguém como nos anteriores tínhamos, aqui soa tudo meio mecânico, só seguimos pra concluir o game ou se divertir se fomos bastante fãs ou abraçarmos de vez a novidade de recrutamento.
Para recrutar novas pessoas, é necessário fazer uma série de “favores”, que vão desde liberar um amigo preso até baixar um vírus no sistema de uma das organizações criminosas. Caso um cidadão não tenha nada contra a DeadSec, basta seguir as missões para integrá-lo ao time de hackers. Mas, se for um soldado da Albion ou do Clan Kelley, por exemplo, é necessário liberar uma habilidade na IA da DeadSec e descobrir mais sobre a vida do possível recruta, o que dá mais trabalho. Em contrapartida, o jogador terá uma carta na manga para acessar áreas restritas.
O gameplay com a nova função do recrutamento pode variar um pouco, mas nada muito drástico. O estilo do game segue o da franquia, com hacks bastante fáceis de realizar pela cidade, além de quebras-cabeça em algumas missões. O usuário tem, por padrão, uma pistola não-letal e um robô-aranha, que facilita o acesso a algumas áreas por meio de estruturas de ventilação, além de não chamar tanta atenção.
Também é possível hackear drones, que circulam em grande quantidade pelos céus de Londres, mas é necessário liberar a habilidade para alguns dos quadricópteros, separados em diferentes tipos de uso. A maioria das missões do jogo constam em invadir uma área controlada por Clan Kelley ou Albion. Dessa forma, o usuário tem duas opções. Uma delas é chamar atenção e combater os soldados frente a frente, algo possível com quem tem acesso a armas de fogo mais poderosas – caso da AK-47, que aparece junto a alguns recrutas.
Mas, o método que costuma ser mais eficaz – apesar de levar um tempinho – é entrar sorrateiramente nesses espaços, utilizando as variadas alternativas de distração para evitar um contato direto com os guardas. É possível, por exemplo, contar com o robô-aranha para desligar alarmes e, agachado (ou agachada), derrubar aqueles que estiverem fazendo a segurança do lugar. Outra alternativa é simplesmente utilizar as câmeras, algo mais comum nos primeiros games da franquia, e, assim, construir um caminho seguro até o objetivo. Drones de construção também podem facilitar o gameplay, já que têm um espaço para levar o hacker a lugares mais altos. Agora vou te contar, as diferenças entre as missões principais e secundárias são bem poucas e apesar do mapa de Londres ser bem extenso, há meia dúzia de coisa pra se fazer e temos pouca interatividade juntamente com uma IA problemática e burra que vou te contar viu! Ignoram cadáveres na rua, não respondem bem as buzinas no transito, coisas que já vimos nos outros games da série.
A parte gráfica é bonita principalmente quando falamos nos cenários. São bem desenhados com belíssimos efeitos de luz, dando em alguns pontos, o tom futurista ao local, mas os personagens em sua maioria, de novo voltando aos inúmeros NPC para recrutamento, tem poucos detalhes e alguns até mal desenhado, como cabelo, barba bem datado para um game que tem suporte para nova geração. A fisicalidade continua bem arcade como os anteriores. Os carros fazem curvas absurdas, as vezes quando batem nem amassam, as motos pior que você gruda nela e não cai, mas vezes uma força sobrenatural te faz voa sem logica pra algum ponto rsrsrs, mas não chega a ser nenhum problema que já não vimos antes.
Watch Dogs: Legion tem boas novidades, mas no geral falta ousadia na Ubisoft em trazer variedade para as suas missões. Em meio a um mercado repleto de games no estilo, outros titulos já enxergaram isso e focam pra ser ao menos seu diferencial, mas a publisher francesa precisa aprender. Não é de todo ruim, ele entretêm aquela galera que curte um game no estilo GTA descompromissado, mas por sinceridade, esperem uma promoção mais agradável para o bolso. Palavra de amiga!