Velozes e Furiosos 10 inicia o final da saga de maneira insana, energética e divertida como somente ela é capaz

Danilo de Oliveira
6 Min de Leitura

Não há como negar que a franquia Velozes e Furiosos é sinônimo do mais puro entretenimento escapista que Hollywood promove.

A  série de longas que iniciou sendo sobre pegas e o submundo clandestino dessas corridas ilegais, ganhou uma legião de fãs ainda maior quando migrou para uma produção de assaltos megalomaníacos , que a cada produção seu nível de exagero e cenas insanas aumentam assim como a “família” de Dominic Toretto (Vin Diesel).

O fato é que o seu último longa lançado em 2021, apesar do sucesso em um período problemático como a pandemia, foi posto em cheque por exceder os “limites” do seu exagero e abraçar demais a galhofa sem precedentes, o que deixou os fãs, que embora curtem bastante essas cenas insanas (eu faço parte dela) um pouco com o pé atrás com o certo desleixo ao entregar qualquer coisa que refletia em seu roteiro, que também embora nunca foi algo brilhante era até simples e bem encaixado dentro de suas propostas.

Universal Pictures/Reprodução

Bom , Velozes e Furiosos 10 começa o início do fim para a saga de Dom e cia, sendo a primeira parte ( de uma possível trilogia de filmes, segundo Vin Diesel recentemente) do arco. E também ele corrige alguns erros do seu antecessor e mantém os pés mais no chão ( dentro do que a franquia se diz ser, óbvio!) e entrega mais um filme insano, divertido e porque não dizer, impactante para a série.

Na trama, Dominic Toretto (Vin Diesel) está satisfeito por ter construído uma família com seus amigos, com quem partilhou todo tipo de experiência nos últimos anos. Ele está ensinando seu filho Brian (Leo Abelo Perry) a tomar gosto por carros, pois sabe que uma hora o bastão terá que ser passado. Porém, quando Cipher (Charlize Theron) ressurge em sua porta, dizendo que um inimigo em comum na figura do Jason Momoa está vindo atrás dele, Toretto e Letty (Michelle Rodriguez) terão que fazer de tudo para proteger o filho e também aqueles que amam. Mas, para isso, precisarão da ajuda de todos eles, o que significa que a integridade da família será colocada em risco uma vez mais.

Universal Pictures/Reprodução

Assim como o último filme o roteiro já faz as apresentações e estabelece a ameaça no seu primeiro ato de forma ágil e sem rodeios. Mas o destaque importante é que mesmo simples e básico, toda a construção desse primeiro ato é bem feita, assim como sua primeira grande cena de ação que nos apresenta o qual ameaçador será o vilão dessa vez.

Jason Momoa com certeza é um dos grandes destaques aqui. Seu Dante Reyes ( filho do vilão do quinto filme) planeja uma vingança contra Dom e cia não sem antes o fazer sofrer e o deixar impotente diante das circunstâncias. Com isso sua ameaça é a maior já vivida pelo protagonista e sua família. Sádico e cheio de irreverência, Momoa constrói um vilão memorável para a franquia, o que é bem curioso já que somente a Cipher da Charlize Theron gerou outra figura antagônica memorável na cineserie. Com isso o ator consegue roubar a cena a cada momento que aparece com seus trajes espalhafatosos e trejeitos a lá Coringa.

Universal Pictures/Reprodução

Apesar do primeiro ato ser muito bem conduzido, seu segundo terço acaba sendo seu ponto baixo. Por trazer quase 2 horas e meia de duração essa parte acaba por trazer os personagens secundários para rodar e rodar sem chegar a uma linha de chegada propriamente dita e alguns novatos só estão aqui pra preencher tela e fazer a trama movimentar sem muita relevância, o que faz o longa perder tempo e um pouco de força por não focar mais no arco principal do Dom, que aqui ganha até uma dramaticidade maior ( claro, cheia de frases de efeito sim,mas tá valendo).

O bom é que o terceiro e derradeiro ato é uma montanha russa de emoção que dar um nitro ao filme e fará a platéia vibrar como somente Velozes e Furiosos é capaz de fazer.

Universal Pictures/Reprodução

Trazer locações multi-culturais como Roma, Los Angeles, Portugal, Londres e claro Rio de Janeiro, só reforça como a franquia é um blockbuster de respeito e a direção de Louis Leterrieir sabe disso em  conduzir bem a ação e as corridas que acontecem com eficácia. Aliás a volta ao Rio é um ar de nostalgia ao longa e carrega a trama por quase 1/3 dele por aqui.

Com um final apoteótico e até abrupto já que é a primeira parte de um encerramento, Velozes e Furiosos 10  traz essencialmente o que sua franquia sempre se propôs a ser e nada mais que isso! Entrega o simples, energético e exagerado com exito. Se você curte, pode comprar a pipoca e o refrigerante e embarcar no início do final de uma das sagas mais insanas já feitas nos cinemas! A diversão é garantida!

E não saiam da sala logo porque tem uma cena no meio dos créditos!

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