Trolls foi lançado em 2016 pela DreamWorks e rapidamente se tornou em um sucesso devido as suas fofas e coloridas criaturinhas como sua musicalidade bem grudenta de vários hits.
A continuação lançada durante a pandemia parece ter obscurecido seu potencial, mas a sequência mesmo com um lançamento simultâneo em streaming e cinemas nos EUA e uma estratégia bem modificada para o restante do mundo, a animação se fez bem e garantiu uma nova sequência que chega agora 3 anos após seu antecessor. Trolls 3: Juntos Novamente, mantém a diversão juntamente com o colorido dos personagens, sem perder a musicalidade e busca temas interessante como união familiar para entreter crianças e adulto em uma nova aventura.
A trama do novo filme explora mais o passado dos protagonista, principalmente o do Tronco (voz de Hugo Bonemer na versão nacional), além claro da Poppy (voz de Julie na versão nacional). O casal embarca então em uma aventura, quando um irmão perdido de Tronco aparece de surpresa depois de anos e diz que um outro irmão deles, o Floyd, está desaparecido. O que nem Poppy e nem o espectador sabem é que quando era menor, um Tronquinho, o personagem fazia parte de um boyband chamado BroZone. Juntos os personagens embarcam em nova aventura rodie movie que em um momento também acabam se deparando com a irmã perdida de Poppy, a Viva (voz de Larrisa Manoela na dublagem nacional).
O roteiro apesar de pegar elementos já característicos da franquia, como a aventura road movie, se mantém vibrante e no 220V constante. Ao explorar o passado dos personagens, temos uma expansão maior deles, principalmente para a Poppy, a partir do surgimento da Viva. A nova personagem é super animada, e juntamente por seus traumas de infância, a torna uma das melhores adições do longa.
Na parte do Tronco, por termos Justin Timberlake na dublagem original, temos uma nostalgia dos anos 90 com a musicalidade, devido as Boy Band da época e Timberlake fazia parte do NSYNC na época ( que até fizeram uma música especialmente para o filme). A relação em muito lembra alguns desses grupos que acabaram se separando pela desunião, e decidiram seguir carreira solo e essa analogia se encaixa muito bem pra o filme, porque principalmente os adultos vão cair na graça com essa nostalgia, enquanto as crianças se divertem com a aventura e as cores do longa.
Na parte técnica, Trolls 3 consegue se sobressair de forma competente. A DreamWorks que estava entregando ótimos estilos de animação nos últimos anos ( principalmente com Gato de Botas 2) e derrapou com o bom porém esquecível Rubi Marinho, por trazer o padrão mais convencional nele, aqui apesar de nada revolucionário, a junção se torna mais interessante, com variações de texturas dos Trolls e seus cabelos, assim como o visual dos vilões que parecem balões infláveis, e ainda ao misturar o 3D com 2D nos momentos do “agito” que fazem o filme sair do lugar comum das produções animadas 3D.
Trolls 3: Juntos Novamente, acerta em manter sua aventura divertida, colorida e repleta de agito como suas fofas criaturas são e merecem. Uma ótima opção para todos os públicos.