Tô de Graça: O Filme | Comédia com Rodrigo Sant’Anna diverte com bom humor e muita confusão

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura
Paris Filmes/Reprodução
3 Bom
Crítica - Tô de Graça

Pegando carona nas séries de comédia que ganham adaptações para telona, como Sai de Baixo e Vai Que Cola, Tô de Graça, série do Multishow, lançada em 2017 que teve 6 temporadas é a nova dessa lista a chegar aos cinemas nesta quinta-feira (27) trazendo as confusões de Dona Graça e seus filhos.

No filme, Dona Graça (Rodrigo Sant’anna) é uma mãe preta periférica de catorze filhos, quando ela ganha uma indenização de uma ex-patroa, decide ir a búzios atrás de Sara Jane, sua filha que está namorando um ricaço, com seis de seus filhos: Briti Sprite, que está se formando; Maicon Marrone, gay e dentro da moda; Miqui Jegue e Romarinho, que só vivem fazendo bagunça juntos; Marraia Karen, a lésbica namoradeira; a caçula da Shubakira, que não desgruda do seu fone de música escutando uma música viciante do momento; e sua nora, Sonaira (Gracyanne Barbosa). Com isso prepare-se para muitas confusões e momentos hilários com essa família.

Paris Filmes/Reprodução

O roteiro segue o básico das comédias do gênero do cinema nacional e não tenta em nenhum momento reinventar a formula de bolo pronta, pelo contrário, utiliza a bem. O filme situa rapidamente o publico que não conhece a série de forma bem resumida e logo em seguida explora sua trama. Pra quem conhece a série e curte, revisitar esses personagens é um prato cheio!

O filme assim como a série mantem a brincadeira com todo estigma da pobreza, com muitas piadas visuais ou de situações específicas, sempre de maneira bem leve, ao mesmo tempo que sempre mostra o quão a família é unida, se ama, e é feliz com toda dificuldade, o que é a alma de grande parte dos brasileiros, estatísticamente falando. Dona Graça não perde a oportunidade de flertar com crushes antigos, com mototáxi, com clientes do hotel, gerando sempre um bate volta com Briti, que é a mais próxima das filhas e não concorda com as ações da mãe. Ainda temos piadas com o nome de Shubakira, a filha caçula, o que arranca boas risadas.

Briti, por ser a filha mais próxima de Graça e ter o um dos fios condutores da trama, por causa de sua formatura, acaba ganhando mais tempo de tela que os outros filhos(ainda que soltos uns acertem nas piadas em momentos individuais) assim como a caçula Shubakira, que também tem uma sub-trama no longa.

Paris Filmes/Reprodução

Contudo há um problema com essas sub-tramas, que tirando a de Briti, as demais parecem só para o longa criar mais sequencias de humor e confusão com a família do que serem de fato relevantes. O texto final apesar de levantar uma situação social em nosso país, parece um tanto deslocada da trama e acaba soando um texto motivacional piegas do que fato um texto condizente no roteiro.

O elenco está dentro do que uma comédia do gênero oferece e pra quem já viu a série, se sentirá satisfeito! O destaque, claro é de Rodrigo Sant’Anna que está a vontade como sempre e sua Graça, todo momento que aparece rouba a cena.

Pra finalizar, Tô de Graça: O Filme, entrega uma comédia pastelão e descontraída, onde o intuito é fazer rir das situações caóticas de Graça e sua família. É aquele filme pra sentar, relaxar e gargalhar depois de um dia cansativo ou pra descontrai no final de semana.

Crítica - Tô de Graça
Bom 3
Nota Cinesia 3 de 5
Share This Article
Leave a comment