A China decretou uma nova medida em sua reabertura dos cinemas no país.A medida exige que todos os novos lançamentos podem ter no máximo 120 minutos de duração. A nova regra, definida como medida de prevenção a um novo surto da doença, pode causar problemas para Tenet, novo filme de Christopher Nolan, cuja minutagem bate 150 minutos (duas horas e meia).
O limite de tempo imposto pode levar a Warner, estúdio responsável pelo longa, a rever a estratégia de lançamento de Tenet, já que o mercado chinês é um dos mais lucrativos para o cinema e para os filmes de Nolan. Os últimos trabalhos do diretor, por exemplo, arrecadaram entre 8% e 18% de sua bilheteria mundial na China.
Historicamente, estúdios alteram os conteúdos de seus lançamentos para atender as demandas do país, especialmente em casos de censura. Ainda assim, não se sabe se a Warner optará por cortar 30 minutos de Tenet ou adiar novamente o lançamento do filme.
O longa que está sendo alçado a ser o grande blockbuster da retomada diante da pandemia, ainda pode sofrer um novo adiamento não somente por causa da China,mas do mercado americano que continua a sofrer com o aumento do contágio e que o mês de agosto seria ainda cedo para reabertura.
Outro ponto é que para gerar lucro o filme teria que fazer no minimo U$S 800 milhões e isso só poderia ser feito com pelos 3.500 salas domesticas e 30 mil no mundo reabertas no lançamento ou seja, 80% de todas as salas de cinema de todo o planeta. Isso significa que sua estreia só acontecerá quando houver algum nível de estabilidade mundial na crise do coronavírus.
Como Tenet é um dos maiores blockbusters do ano, seu adiamento criaria todo um efeito dominó, como já aconteceu repetidamente na pandemia. Se o longa for empurrado mais uma vez, pode novamente afetar Mulher-Maravilha 1984, Mulan, Viúva Negra e qualquer outro grande lançamento do ano.
Por enquanto, o lançamento de Tenet continua marcado para 12 de agosto. No Brasil, porém, acontece duas semanas após os EUA, em 27 de agosto.