Desde de que Batman: Cavaleiro das Trevas deu seu grande boom, que o publico passou a admirar o trabalho do diretor inglês Christopher Nolan.
Dono de trabalhos como Amnesia,A Origem, Interstellar e a própria trilogia Batman, o diretor se tornou um dos grandes nomes da industria do cinema na atualidade.
Seu novo filme Tenet, recheado de mistérios e uma ambiciosa trama, chega em um momento um tanto diferente para os cinemas. A pandemia parou o mundo e as salas de cinemas ficaram sem receber o seu fiel publico acompanhado de pipoca e refrigerante por quase 8 meses, reabrindo aos poucos, mas claro com todas as restrições devido ainda ao alto números de casos da doença. Não era as condições que Nolan queria, mas seu novo trabalho traz exatamente o que o diretor se propôs a fazer nos últimos anos: A ambição com o tempo.
Se em A Origem trazia o mundo dos sonhos, Interstellar os conceitos de buraco de minhoca, aqui ele nos traz a inversão do fluxo temporal, em um filme com grandiosas cenas de ação e uma trama um tanto intricada e bastante ambiciosa.
O Protagonista é um agente secreto (John David Washington) que se envolve em uma trama internacional para impedir a destruição do mundo. Contando com a ajuda do espertíssimo parceiro Neil (Robert Pattinson), outro agente da mesma ordem que nunca se consegue saber qual é ao certo, o espião investiga o perigoso contrabandista de armas Andrei Sator (Kenneth Branagh), e consequentemente sua misteriosa esposa Katherine (Elizabeth Debicki).
Dizer mais que isso possivelmente daria algum spoiler de Tenet, mas não se engane, a trama assim como em outros trabalhos de Nolan tem suas bases para explicar,mas também se tornar em algo intrincado e quase ininteligível. Pra isso ele sabiamente usa incríveis e inventivas cenas de ação e insere diálogos picotados entre elas para justamente não fazer o espectador tirar a atenção nos seus 150 minutos de duração. A primeira metade apesar de ser Nolan em profusão, essa chuva de detalhes informativos pode se tornar um tanto cansativo e dar a trama ser mais do que pode ser, mas sua segunda metade mais energética, se transforma, se o espectador comprar bem sua ideia James Bond com inserções temporais, sério é muito louco e incrível ao mesmo tempo os conceitos paradoxais que a trama usa!
A parte técnica sem sombra de duvidas está no ápice dos trabalhos do diretor podendo ser umas das suas melhores. As cenas de ação respira inventividade e todo design de produção, juntamente com os sensacionais efeitos práticos é um deleite na tela grande. Se não fosse a pandemia, mandaria vocês irem correndo na estreia para ver na maior tela possível.
A trilha sonora do compositor Ludwig Göransson tem força e conduz bem os momentos que a trama necessita.A edição de som é uma das melhores que eu pude conferir esses últimos anos!. O trabalho de fotografia também tem que ser destacado aqui por se aplicar perfeitamente as sensacionais técnicas de inversão que se propõe o longa.
O elenco os grandes destaques vão para o John David Washington, sendo nossos olhos nesse mundo intricado de fluxo temporal com uma atuação bem encaixada. Podem ter certeza que vocês verão muito mais dele nos próximos anos. Kenneth Branagh exala exagero em seu personagem que se torna um vilão um tanto caricato com isso. Mas o destaque maior está no nosso futuro Batman, Robert Pattinson, a vontade no papel, o ator está no timming perfeito, e sempre confere leveza para o seu personagem está na trama.
Tenet não é o melhor filme de Nolan, mas ainda é seu cinema em essência! Com um roteiro simples, mas intricado e que tenta ser mais do que é, o longa poderia ser um filmaço de ação e espionagem se não quisesse ser tão pseudo-inteligente além da conta. Ainda sim um bom entretenimento para os seus fãs.
