Star Wars: A Ascensão Skywalker | 3 coisas que o filme nega de Os Últimos Jedi

Emile Campos
5 Min de Leitura
Lucasfilm/Divulgação

A Ascensão Skywalker já está nos cinemas e está dividindo opiniões tantos dos fãs quanto da crítica. Uma das principais questões está nas decisões que J.J. Abrams fez em relação ao filme anterior Os Últimos Jedi, dirigido por Rian Johnson. Embora o diretor do atual tenha revelado em entrevista que Os Últimos Jedi não atrapalhou seus planos para o encerramento da saga e elogiou o trabalho de Johnson, no entanto no filme é visível ver que ele adaptou algumas mudanças sugeridas no episódio anterior, que parece algo feito simplesmente para gerar menos revolta nos fãs que ficaram bastante divididos com o longa anterior.

Confere 3 coisas que foram mudadas de um filme para o outro

CONTEM SPOILERS!!

3 – Luke Skywalker

Lucasfilm/Reprodução

Uma das mudanças feitas por Abrams foi o Luke. Visto como o símbolo máximo da esperança na franquia, o personagem surge jogando para trás seu sabre de luz e assumindo uma postura amarga e fria no longa anterior, o que gerou revolta. Abrams o trouxe em A Ascensão Skywalker, novamente como fantasma da Força, para dizer quando Rey joga o sabre fora que a arma merece mais respeito e revelar que ele estava errado em se isolar em Ahch-To e negar o conflito.Não chega a ser uma alfinetada a Johnson mas se cria uma postura diferente ao que foi apresentado anteriormente com o mesmo e não um progresso no personagem.

2 – Rose

Lucasfilm/Reprodução

Apresentada no episódio anterior a simples mecânica que se descobriu uma heroína da Resistência e embarca com Finn, acabou sendo reduzida bastante no capitulo final e só valida que a Lucasfilm e o diretor abaixaram a cabeça diante da revolta e ataques racistas que sua interprete Kelly Marie Tran sofreu na época.

1 – Origem da Rey

Lucasfilm/Reprodução

A origem da protagonista sempre foi envolta no mistério quando a mesma surgiu em O Despertar da Força e Johnson se colocou na ideia de que a presença da Força não depende de laços sanguíneos para se despertar. É um olhar para futuro da franquia e coloca que qualquer um pode ser um usuário da energia mistica do universo da franquia, visto o menino no final do filme ao pegar a vassoura usando a habilidade da Força, só que Abrams preferiu ignorar esse conceito e justificar as habilidades da Jedi estabelecendo ela é neta do Palpatine, o Sith mais poderoso da história(meio sem logica já que em que momento o vilão criou “uma família”? E como uma pessoa como ele teria essa razão e vontade de ter tal família? E quem são eles e onde estavam esse tempo todo?) . “Seus pais eram ninguém, porque eles escolheram ser”, explica Kylo Ren em determinado ponto do capítulo final da saga, contradizendo o diálogo que ele mesmo teve com Rey no Episódio anterior. Assim, a trajetória da aparentemente comum jovem de Jakku, a nova esperança dessa geração de rebeldes, passa a ser mais calcada no fato de que sempre foi a herdeira do Império Sith do que propriamente na suas habilidades.Resumo da opera, para se ter grandes poderes da Força é necessário ter no seu parentesco um Skywalker ou Palpatine.

É verdade que J.J. Abrams não anulou absolutamente tudo que Johnson criou. Os adoráveis porgs voltaram por um breve momento e as conexões entre Rey e Kylo Ren se mantiveram. Mas é perceptível a intenção do diretor de dar continuidade a O Despertar da Força, e não a Os Últimos Jedi. Por isso, não é de se surpreender que a trilogia termine com um quê de desconjuntada. Quem é o vilão nessa história? Abrams ou Johnson? Acho que tem mais culpa a Disney/Lucasfilm que não planejou com antecedência essa nova trilogia e o resultado tenha sido esse desencontro de ideias. Ao menos a nova série de filmes tem tempo para ser corrigido essa estrategia para não dividir os fãs e terá dedo do mestre em planejamento de universo, um tal Kevin Feige. Que a Força esteja com ele!

Star Wars: A Ascensão Skywalker continua em cartaz nos cinemas.

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