Shazam 2 entrega um divertido filme de super heroi feito com coração

Danilo de Oliveira
6 Min de Leitura
Warner Bros/Reprodução

Billy Baston e cia estão de volta! Depois de um divertido e despretensioso longa, o heroi Shazam! retorna com a mesma carisma em sua sequencia que estreia nesta quinta-feira nos cinemas do Brasil (16).

Em meio há um caos que está a DC nos ultimos anos e agora com o anuncio da sua reformulação com James Gunn no comando que meio que fizeram por minar o interesse do publico do novo filme, principalmente pela incerteza de sua continuação no novo DCU, o longa, sim merece mais uma chance de ser visto, afinal mesmo que jogue no seguro, o filme mostra que é uma autêntica e nostalgica aventura que nos remete aos filmes de uma era inicial das adaptações de quadrinhos, focada em seus personagens e dilemas e menos em universos grandiosos e compartilhados.

Warner Bros/Reprodução

Mesmo os mais novos, incluindo seu melhor amigo Freddy, têm menos vontade de ser uma equipe do que de paquerar meninas e testar seus próprios poderes. Para Billy, porém, isso traz à tona as preocupações antigas. Ele, afinal, foi abandonado pelos pais biológicos e pelo sistema adotivo dos Estados Unidos, e a ideia de ser afastado da família que encontrou lhe assusta ao ponto de transformá-lo num controlador. Não é a situação ideal para o grupo, especialmente quando as filhas de Atlas entram em cena para roubar os poderes de deuses que Shazam e seus parceiros usam.

Héspera (Helen Mirren), Calypso (Lucy Liu) e Anthea (Rachel Zegler) são, também, uma família. Apesar de estarem em conflito com os Shazams, seus problemas muitas vezes são semelhantes, e os melhores momentos do filme vêm quando Sandberg encontra maneiras divertidas de gerar essa dinâmica.

Shazam 2 honestamente joga no conceito do “menos é mais” seguindo os mesmos passos que o primeiro longa,e apostando na simplicidade e charme de seus personagens. Tais dinâmicas, claro, não passam de um bom feijão com arroz, mas Sandberg trabalha bem dentro desse escopo. É fato dizer que o roteiro de Shazam é o mais proximo da tal “formula” da concorrência, principalmente a dos anos iniciais, onde o coração e o humor são aliados para dosar ideias mais mirabolantes dos quadrinhos, juntamente com doses de ação tiradas das melhores paginas.

Warner Bos/Reprodução

Zachary Levi continua na boa dosagem de criança na pele de um adulto, mas abre espaço também para um drama maior sobre suas inseguranças e respostas aos traumas do primeiro filme.  Angel faz um bom outro lado da moeda. O ator jovem não recebe tantas chances aqui como no primeiro Shazam, mas assim como boa parte do elenco secundário, as aproveita de forma carismática. Dylan Glazer, Fulton e Herman são os grandes destaques dos coadjuvantes. Já na alas das vilãs Helen Mirren traz uma imponência a sua Hespera, mas por parte da atriz do que o papel realmente. Lucy Liu traz um ar sombrio em sua Calypso, enquanto Rachel Zegler é a balança mediadora das 3. A conexão entre o trio em alguns momentos parece ate´lembrar Abracadabra (principalmente o segundo) da Disney.

Como eu disse acima, o filme traz boas sequencias de ação, mas nada do que o cinema de quadrinho já fez em outras vezes. O terceiro ato é aquela tipica batalha intensa e carregada de CGi mas que ao menos ele não atrapalha em nada. Mesmo com duas e dez minutos, o ritmo do longa é muito parecido com o anterior e flue muito bem, até porque os longas são bem parecidos em estrutura, o que vai agradar quem curtiu o original, mas destestar quem não foi lá com sua cara.

Pra finalizar, Shazam 2: Furia dos Deuses é uma aventura com saldo positivo. Ele não reiventa a roda e nem ousa em suas estruturas, e por isso não agrade aquele publico mais saturado com produções de quadrinhos, mas ele é honesto, divertido e com bastante coração.

Obs: Fiquem até o final dos créditos, pois há duas cenas neles!

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