A DreamWorks nos últimos anos tem entregados ótimos projetos animados que por exemplo estiveram a frente de sua principal concorrente a Disney no último ano.
A dona de franquias como Shrek, Como Treinar Seu Dragão e Kung Fu Panda, prefere mergulhar em roteiros menos densos, mas com ótimas mensagens nas suas entrelinhas e personagens carismático que agradam seu público de forma emocional, traz em seu mais novo projeto uma divertida comédia teen cheia de cores e o principal: promete agradar a criançada e os pais durante as férias!
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Na nova animação somos transportados para uma exuberante cidade litorânea onde mora Ruby (Lana Condor), uma jovem kraken que esconde quem realmente é e tenta se passar apenas por uma adolescente normal – vivendo um dia de cada vez ao lado da família e proibida de entrar no oceano por ser perigoso demais. Entretanto, sua realidade vira de cabeça para baixo quando, num fatídico dia, ela tenta salvar o menino pelo qual é apaixonada e descobre que tem poderes inimagináveis que a permitem se transformar em uma criatura gigantesca defensora dos mares, assim como sua mãe e sua avó.
Destinada a herdar o trono de sua avó, Ruby deve usar seus novos poderes para proteger aqueles que ela mais ama.
O roteiro de Pam Brady, Elliott DiGuiseppi e Kirk DeMicco (que também co-dirige o longa com Faryn Pearl) se utiliza bem dessa clássica premissa da adolescente se descobrindo no mundo e seus conflitos, além da relação entre pais e filhos e o conflito de gerações e constroem situações que se desenrolam naturalmente, fluindo sem atropelos. Algumas situações são divertidas de serem vistas e outras vão levar os adultos a algumas reflexões interessantes sobre questões como a pressão imposta sobre os filhos e a relação destes com os pequenos.
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A protagonista é muito carismática pelo seu jeito desajeitado e até ingênuo em alguns momentos e todos os seus dilemas adolescentes são situações já vividas por muitos o que gera uma identificação com ela.
Outro ponto interessante é como as sereias são colocadas no filme. Por serem seres belíssimos nas histórias, sempre tiveram papéis de protagonismo, mas aqui são os vilanescos e é importante frisar que brincar de como as aparências enganam e quem nem sempre o modelo padrão é o mocinho e que não se pode julgar um livro pela capa.
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Na parte técnica, Ruby traz uma animação bastante colorida (bem padrão da DreamWorks) embora os seus traços estão mais padrão de animação 3D convencional que as últimas obras do estúdio e do mercado. Mas ainda sim as texturas são muito boas e os cenários, principalmente no fundo do mar são de encher os olhos.
Pra finalizar Ruby Marinho: Monstro Adolescente é uma divertida e gostosa animação sobre aceitação e família com o toque DreamWorks de carisma. Com uma dublagem excelente, a animação é uma ótima opção de entretenimento para crianças e adultos nesse final de mês