Resenha: A Torre Negra – O Pistoleiro

Danilo de Oliveira
3 Min de Leitura

“O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás.”

Assim começa uma das maiores sagas já escritas; misturando elementos de terror/horror, suspense, western, fantasia medieval e ficção científica.

Em “O Pistoleiro” de Stephen King é contada a história de Roland Deschain, o último pistoleiro perseguindo um homem que apenas é mencionado inicialmente como “O homem de preto”. O pistoleiro carrega consigo dois revólveres enormes com cabo de sândalo.

O deserto em que se inicia a narrativa é descrito como cenário de um western americano com características de um moderno e inóspito deserto texano dos anos 90′.

A narrativa de fácil entendimento proporciona ao leitor agilidade e precisão no entendimento dos fatos. O mundo chama-se Mundo Médio, um lugar que, como diz o próprio protagonista “seguiu adiante”. Um mundo que é descrito como quase que por completo inóspito e desértico, com pequenas cidades espalhadas em meio a imensidão árida, o que proporciona mais uma vez a lembrança dos filmes western.

Quem começa a ler O Pistoleiro e já assistiu filmes com o ator Clint Eastwood no auge do cinema de faroeste (western), se recordará deste em Três Homens em Conflito (The Good, The Bad and The Ugly, 1968), pois Roland traz características – tanto físicas quanto emocionais – de Blondie.

A trama, apesar de se passar num mundo de poucas cores e em meio a um mundo de clima inóspito, é rico em ação e drama. Roland conta parte da sua história, do que viveu durante a sua perseguição ao Homem de Preto até aquele momento, contudo deixa também algumas lacunas.

O leitor poderá encontrar palavras desconhecidas (como ka, khef, ka-tet) durante toda a série, contudo com o tempo serão esclarecidas dentro do contexto da trama, basta apenas que se tenha paciência e elas aparecerão no decorrer da trama, sendo explicadas; não se fazendo necessário o uso de observações ou apêndices.

Essa busca do pistoleiro – falando por experiência própria – é viciante, instigante e talvez até angustiante; com personagens marcantes, com personalidades únicas e ricas, fazendo o leitor se apaixonar e tomar para si a missão final de Roland. Encontrar a Torre Negra.

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