Resenha: One Day at a Time

Lívia Patrícia
5 Min de Leitura
Família Alvárez (Marcel Ruiz, Rita Moreno, Justina Machado e Isabella Gomez)

A terceira temporada da série One Day at a Time estreou na Netflix em 8 de fevereiro, para a felicidade do elenco e dos fãs que se movimentaram contra o cancelamento da série no início do ano passado.

Lançada em 2017, One Day at a Time é uma sitcom (reboot de um série dos anos 70/80 com o mesmo nome) sobre os Álvarez: família com origem cubana composta por Penelope (Justina Machado), mãe e veterana de guerra; Elena (Isabella Gomez), filha adolescente e militante de várias causas sociais; Alex (Marcel Ruiz), filho mais novo em processo de amadurecimento e que gosta muito da própria aparência; Lydia (Rita Moreno), avó nascida em Cuba que não deixa suas origens e seu passado artístico ser esquecido; e Schneider (Todd Grindell), aquele vizinho que é praticamente da família e entra sem nem tocar a campainha. Cada episódio se concentra em algum tema relacionado a gênero e sexualidade, à comunidade latina nos Estados Unidos, a temas relacionados à família e crescimento, etc.

Em Fevereiro de 2018, a produtora e roteirista Glória Calderón Kellet, usou seu Twitter para pedir que o público assistisse aos episódios novamente e indicasse a série aos seus amigos e familiares para que a série não fosse cancelada por falta de audiência. Não sei dos números que a Netflix tem sobre isso, mas me lembro da minha timeline em polvorosa para que One Day at a Time fosse renovada. Como vocês podem ver, o esforço deu certo.

A terceira temporada focou no debate sobre uso de drogas, descoberta da sexualidade e diferenças entre classes sociais e em contraste com as temporadas anteriores, as discussões levantadas na 3ª temporada,

Alex (Marcel Ruiz) na 3ª temporada de “One Day at a Time”

para mim, ficaram sem conclusão clara e sem um posicionamento firme da série. Algumas falas que podem ser consideradas problemáticas sobre cabelo crespo e informações equivocadas sobre sexo lésbico passaram de forma naturalizada, detalhes que não aconteceram nas temporadas 1 e 2. Ainda na linha de coisas sem conclusão, alguns detalhes do desenvolvimento de Alex ficaram um pouco confusos e abruptos, coisa que também aconteceu com Penelope e Lydia em um nível menor.

O highlight da 3ª temporada, para mim, foi o Schneider. Nessa temporada ficou mais clara a evolução dele de o “vizinho branco engraçado e um pouco sem noção” para o “vizinho branco engraçado se esforçando para ser menos sem noção”. Schneider ganhou um arco só pra ele e foi possível interagindo com os Álvarez mais como um igual do que de forma vertical. Além de Schneider, um dos melhores momentos e dos que mais chamou atenção durante a divulgação foi a presença de Melissa Fumero, Stephanie Beatriz (Amy e Rosa em Brooklyn Nine-Nine) e Gloria Stefan (a própria intérprete da abertura) no episódio “The Funeral”, que mostra toda a família dos Álvarez reunida para um funeral. O ritmo das atrizes convidadas ficou muito bem alinhado com o do elenco fixo e o que eu mais gostei do episódio foi me relacionar ao ver os dramas de uma família grande, sem dúvida foi um dos episódios mais divertidos da temporada.

Avery (India de Beauford) fazendo uma revelação para Schneider (Todd Grinnell)

A 3ª temporada, para mim, foi a mais morna das três. A série continua altamente recomendada para os fãs de uma boa comédia e para aqueles que querem se divertir sem entrar em conflito moral. Essa temporada de One Day at a Time tem 13 episódios e já está toda disponível na Netflix.

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Lívia é estudante do bacharelado interdisciplinar artes, bailarina e uma curiosa nata, não é a toa que tenha se atraído pelo mundo da literatura e dos filmes. No Cinesia escreve justamente sobre uma dessas paixões: livros
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