A terceira temporada da série One Day at a Time estreou na Netflix em 8 de fevereiro, para a felicidade do elenco e dos fãs que se movimentaram contra o cancelamento da série no início do ano passado.
Lançada em 2017, One Day at a Time é uma sitcom (reboot de um série dos anos 70/80 com o mesmo nome) sobre os Álvarez: família com origem cubana composta por Penelope (Justina Machado), mãe e veterana de guerra; Elena (Isabella Gomez), filha adolescente e militante de várias causas sociais; Alex (Marcel Ruiz), filho mais novo em processo de amadurecimento e que gosta muito da própria aparência; Lydia (Rita Moreno), avó nascida em Cuba que não deixa suas origens e seu passado artístico ser esquecido; e Schneider (Todd Grindell), aquele vizinho que é praticamente da família e entra sem nem tocar a campainha. Cada episódio se concentra em algum tema relacionado a gênero e sexualidade, à comunidade latina nos Estados Unidos, a temas relacionados à família e crescimento, etc.
Em Fevereiro de 2018, a produtora e roteirista Glória Calderón Kellet, usou seu Twitter para pedir que o público assistisse aos episódios novamente e indicasse a série aos seus amigos e familiares para que a série não fosse cancelada por falta de audiência. Não sei dos números que a Netflix tem sobre isso, mas me lembro da minha timeline em polvorosa para que One Day at a Time fosse renovada. Como vocês podem ver, o esforço deu certo.
A terceira temporada focou no debate sobre uso de drogas, descoberta da sexualidade e diferenças entre classes sociais e em contraste com as temporadas anteriores, as discussões levantadas na 3ª temporada,
para mim, ficaram sem conclusão clara e sem um posicionamento firme da série. Algumas falas que podem ser consideradas problemáticas sobre cabelo crespo e informações equivocadas sobre sexo lésbico passaram de forma naturalizada, detalhes que não aconteceram nas temporadas 1 e 2. Ainda na linha de coisas sem conclusão, alguns detalhes do desenvolvimento de Alex ficaram um pouco confusos e abruptos, coisa que também aconteceu com Penelope e Lydia em um nível menor.
O highlight da 3ª temporada, para mim, foi o Schneider. Nessa temporada ficou mais clara a evolução dele de o “vizinho branco engraçado e um pouco sem noção” para o “vizinho branco engraçado se esforçando para ser menos sem noção”. Schneider ganhou um arco só pra ele e foi possível interagindo com os Álvarez mais como um igual do que de forma vertical. Além de Schneider, um dos melhores momentos e dos que mais chamou atenção durante a divulgação foi a presença de Melissa Fumero, Stephanie Beatriz (Amy e Rosa em Brooklyn Nine-Nine) e Gloria Stefan (a própria intérprete da abertura) no episódio “The Funeral”, que mostra toda a família dos Álvarez reunida para um funeral. O ritmo das atrizes convidadas ficou muito bem alinhado com o do elenco fixo e o que eu mais gostei do episódio foi me relacionar ao ver os dramas de uma família grande, sem dúvida foi um dos episódios mais divertidos da temporada.
A 3ª temporada, para mim, foi a mais morna das três. A série continua altamente recomendada para os fãs de uma boa comédia e para aqueles que querem se divertir sem entrar em conflito moral. Essa temporada de One Day at a Time tem 13 episódios e já está toda disponível na Netflix.