Resenha: No Fio Do Bisturi

Beca A M Marques
3 Min de Leitura

No Fio Do Bisturi (Under the Knife) é um romance investigativo médico de 1999.

Kate Chesne é uma médica anestesista num hospital do Havaí que enfrenta seu primeiro processo ao perder sua paciente, a enfermeira Ellen O’Brien pelo que pareceu imperícia médica graças a um eletrocardiograma mal revisado. David Ransom é o advogado responsável pelo caso e Kate precisa lutar pra provar sua inocência contra o advogado rancoroso e frio.

Solitária fora do trabalho, a médica imagina que nada pode piorar até sua sorte provar o contrário: Quando se transforma em testemunha de um homicídio brutal e alvo de um assassino, Kate sabe que tem que provar que tudo tem a ver com a morte de Ellen enquanto luta para manter seu autocontrole num relacionamento tórrido com o advogado que jurou lhe destruir.

O romance de Tess Gerristen passa uma sensação de ser mais curto que realmente é. Voltado para um público exclusivamente adulto, o enredo mostra claras referências da origem educacional de sua escritora (Gerristen estudou medicina em Stanford) e seu começo faz qualquer um se sentir como um interno numa sala de cirurgia, assistindo a morte de Ellen como tal. Ainda assim, os termos usados são simples e a história objetiva.

É difícil não se apegar a Kate, seja lendo seus pensamentos ou vendo-a através dos olhos de David. A médica de cabelos rebeldes e escuro é cabeça dura e persistente, e extremamente segura de seus atos profissionais, o que a torna uma inspiração. Às vezes, porém, é fácil se irritar por sua falta de toque em certos assuntos ou sentimentos e isso se repete com David, um personagem mais profundo.

Diferente de vários romances investigativos policiais, No Fio Do Bisturi manifesta o ponto de vista dos personagens sofrendo a perseguição e tomando as rédeas sozinhos, dando espaço para um romance eventual que parece saído de conto de fadas. Embora publicado em 1999, a atemporalidade da obra de Gerristen é muito fácil ser posicionada nos dias de hoje e futuro próximo, e foi elogiado até mesmo por Stephen King.

No Brasil a obra é distribuída pela Haper Collins, traduzida por Alexandre Raposo e tem como objetivo um público mais adulto, embora ainda seja apreciável

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Estudante de Cinema, sonhadora, apaixonada pelos livros e a doida de Game of Thrones. Se nem Nutella e doce de leite agradam todo muito, dificilmente eu irei.
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