Coraline é um livro britânico de fantasia e terror escrito por Neil Gaiman e publicado em 2009.
A obra conta a história de Coraline Jones, uma criança de 11 anos que acaba de se mudar com seus pais para um novo apartamento perto de uma floresta e perto de Londres, Inglaterra. Seus pais, para a tristeza da menina, são muito ocupados e ela não tem companhia alguma em seu novo lar fora duas senhoras de idade e um senhor que treina ratos.
Além de entediante e solitária, a nova casa de Coraline tem algo que chama sua atenção: No cantinho da sala onde seus pais guardam a mobília cara que herdaram da avó há uma porta que leva a lugar nenhum. Segundo sua mãe, a passagem para o apartamento vizinho ficava ali, mas uma parede foi posta no lugar, mas – sozinha – a menina descobre uma passagem para um apartamento quase idêntico ao seu, porém mais feliz e divertido.
A primeira palavra que eu usaria para descrever Coraline é empolgante. A segunda? Apavorante. Devo ter levado entre 60 e 90 minutos para ler o livro inteiro e fiquei meio surtada durante e história – O quê foi complicado de administrar no meio de uma aula sobre… Sobre o quê era mesmo? –, que é cheia de mistérios e pequenos detalhes que se tornam importantes durante o enredo.
Quando Coraline encontra sua “outra família” (com sua outra mãe e outro pai) somos levados a considerá-los melhor que sua família normal, mas com o tempo – e acompanhando o pensamento da menina – o leitor percebe que há algo de errado no novo ambiente. Numa análise psicológica mais profunda, o livro se torna tão profundo quando Alice no País das Maravilhas, mas isso é assunto pra outro semestre.
Em 2009 um longa-metragem em stop-motion foi lançado, com direção e roteiro de Henry Selick, além da colaboração do próprio autor do livro. Uma curiosidade é que o primeiro roteiro de “Coraline” ficou tão semelhante ao livro que o autor pediu que fosse mudado, trazendo certas mudanças (como a boneca, a criança vizinha e um pouco de Coraline). Assim como o livro, a profundidade do filme me fez tremer até o último fio de sobrancelha
No Brasil, o livro é distribuído para Editora Rocco – traduzido por Regina de Barros Carvalho – e ganhou uma adaptação para os quadrinhos em 2008. A propósito, depois dessa história eu tenho mais uma justificativa pra odiar bonecas…