A última vez que li um livro de John Green foi no meio ensino médio (e isso realmente faz algum tempo), mas acho que nunca me esqueci das características mais fortes do autor. Em Cidades de Papel (Paper Towns, no original) ele dá vida a Quentin “Q” Jacobsen, um jovem geek que tem um belo penhasco uma quedinha por sua vizinha e antiga melhor amiga Margo Roth Spiegelman.
Durante toda narrativa recebemos pistas sobre Margo (que estão marcadas com aqueles adesivos/marca página em neon no meu exemplar de Cidades de Papel) e seu paradeiro, praticamente sendo chamados a resolver o mistério enquanto vemos as mentes de Q e seus amigos (Ben, Radar, e Lacey) se retorcerem para entender quem era a verdadeira Margo após os dois viverem uma aventura de uma noite (que, a propósito, tomou metade do livro).
Alguns foram cativantes, ao menos pra mim: Durante o livro, me lembrei de todas as vezes que eu, mera mortal, sonhei em fugir de casa e conhecer o mundo sem impecilhos e (confesso) realizar umas loucuras para manter meu nome na mente de todos como Margo, ou talvez pegar um carro, os amigos mais próximos e viajar um país em busca de algo que não sabemos se está lá (afinal, a vida não é um pouco sobre isso?).
O livro é completamente John Green, mas isso não é uma ofensa. Seu enredo é perfeito para os teens (com diversos ritos de passagem e detalhes que o ligam facilmente aos leitores) e, graças ao sucesso, ganhou uma adaptação no meio do ano passado com Nat Wolff (Intérprete de Isaac em A Culpa é Das Estrelas, de 2014) e a modelo e ex-Angel da Victoria’s Secret Cara Delevingne (que foi considerada por vários o ponto mais fraco do filme por sua atuação inexperiente).
No Brasil o livro é distribuído pela Intrínseca e foi traduzido por Juliana Romeiro.