Depois da série de escândalos que atingiu a Academia Sueca neste ano, o Prêmio Nobel de 2018 havia sido cancelado – a primeira vez que isso acontece desde 1949. Mas, como forma de protestar contra a situação, um grupo de 107 intelectuais suecos decidiu criar a Nova Academia (em sueco, Nya Akademien), organização que irá realizar uma versão alternativa do maior prêmio literário do mundo.
Para criar a lista de indicados, bibliotecários de toda a Suécia indicaram seus escritores favoritos, que poderiam ser de qualquer lugar do mundo. Os únicos pré-requisitos é que os indicados deveriam ter escrito ao menos 2 livros – um, pelo menos, nos últimos dez anos. Hoje, após a divulgação da lista, uma votação online foi aberta com os nomes dos 47 autores: dentre eles, estão os ingleses J.K Rowling e Neil Gaiman, o japonês Haruki Murakami, a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie e a italiana Elena Ferrante.
Os quatro escritores mais bem votados irão para a final, onde serão escolhidos pelo júri da Nova Academia. Revelando seu tom político – em um comunicado, a organização afirmou que “fundamos a Nova Academia para lembrar as pessoas que a literatura (…) deve promover democracia, transparência, empatia e respeito” -, o prêmio teve uma cota de gênero estipulada: dentre os quatro escolhidos, dois precisam ser homens e dois, mulheres.
Marcado para outubro, a premiação também promete um prêmio em dinheiro para o escritor vencedor, mas o valor ainda não foi revelado.
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