Pokémon: Detetive Pikachu é diversão e nostalgia na medida certa

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura

Pokémon é uma das franquias mais conhecidas no mundo. Games, anime, mangá geraram uma fama incrível a Pikachu e sua turma. Quem não se lembra da sua grudenta abertura do anime quando passava no programa da Eliana, no inicio dos anos 2000? “Pokémon, temos que pegar”. Com certeza uma geração inteira nasceu vendo essa franquia maravilhosa.

Se em termos de jogos, a série hoje se mantem rentável com Pokémon GO, game pra celulares onde você pode se sentir um treinador caçando e capturando as criaturas no mundo real via GPS, agora a franquia tem um inusitado live action pra ampliar ainda mais sua popularidade. Claro que que os filmes animados da série foram um sucesso e a gente sempre imaginou ela ganhando um filme em carne e osso, mas o receio que Hollywood tem feito com esse tipo de adaptação somado a também as poucas produções baseada em games que traduzem bem suas fontes, a noticia de adaptarem o game homônimo de 2009 da série suou com bastante estranheza.

Porém o primeiro trailer diminuiu esse medo com um acerto no visual e até o encaixe da voz do Pikachu,sendo feita pelo Ryan “Deadpool” Reynolds. Agora enfim chegando aos cinemas, Pokémon: Detetive Pikachu acertou no estilo e traz uma aventura simples, mas divertida e repleta de nostalgia pra os fãs,e sabendo agradar seu publico alvo de forma certeira.

A trama apresenta Tim Goodman (Justice Smith)  um jovem morando em uma pequena cidade com uma vida monótona que vai para a cidade Ryme, onde humanos e Pokémon convivem, depois da notícia da morte misteriosa de seu pai distante. Lá ele se depara com o ex-parceiro Pokémon de seu pai, um Pikachu falante e sem memória, e juntos eles precisam encontrar a resposta do mistério da morte de seu pai, em uma conspiração que ameaça a relação de todos os humanos e Pokémon.

Primeira coisa que enche os olhos no filme é o visual das criaturas. No começo pode até causar uma certa estranheza, já que só tínhamos vistos em modelos animados, mas logo se faz acertada. Você realmente acha que elas existem e convivem entre nós. Pikachu, Psyduck, Charizard, Arcanines, Evee, Bulbasaur, Squirtle e outras centenas de Pokémon’s ganham detalhes e formas bem realistas e convincentes em tela.Outros destaques desta produção ficam para a concepção da colorida cidade de Ryme City onde se passa a maior parte da trama e a trilha sonora que nos enche de nostalgia. Tecnicamente o filme é quase perfeito!

A trama do filme bem simples e pega elementos das narrativas de filmes detetive (utilizadas por exemplo em Uma Cilada para Roger Rabbit e Zootopia) e elementos da franquia e assim conversar com os fãs dedicados, os que tem apenas boas lembranças de assistir o anime e jogar os games e aqueles que não sabem nada de Pokémon, mas acham o Pikachu uma gracinha. Apesar dessa nostalgia, o roteiro é repleto de clichês e algumas cenas abusam um tanto demais do fanservice (vide o final do segundo ato) e possui algumas reviravoltas previsíveis.Porém nenhum deles é tão grave aponto de atrapalhar a diversão que o filme propõem.

Justice Smith interpreta o protagonista de forma natural e relacionável. Já Ryan Reynolds usa bem seu bom humor para representar um dos mascotes mais reconhecíveis no mundo. E o pior é que funciona! E não apenas pela pura bizarrice do conceito (é uma ideia melhor que o Pikachu com vozeirão do jogo).

Mas se a dupla principal brilha, o mesmo não pode ser dito pelo elenco coadjuvante, que inclui Kathryn Newton, Ken Watanabe e Bill Nighy. Todos bons atores cujos personagens são pouco desenvolvidos e parecem ter relevância pequena ao filme. Newton em especial, é apresentada como a co-protagonista do filme, uma estagiária de jornalismo investigativo procurando se provar, mas ela sempre parece como um elemento paralelo à jornada principal de Tim,sem falar que parece cair de paraquedas nela.

Pokémon: Detetive Pikachu é diversão pra toda a família. Acertando em altas doses de nostalgia e diversão, o filme vai deixar os fãs satisfeitos e ganhar um nova legião de publico pra curtir os monstrinhos de bolso.

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