O ano de 2002. Comprar CDs ainda era comum, os clipes eram mais apreciados em programas de TV como a MTV, PlayTV ou o Multishow. O Canadá nos presenteia novamente, já que havia nos presenteado antes com Alanis Morissette, que ainda brilhava com seu som peculiarmente próprio, ainda que não fosse um rock jovem. Eis que surge Avril, 18 anos e muito para conquistar. Sem menosprezar nenhum dos álbuns, preparamos uma Playlist com 8 vídeos que definem nossa “Black Star“.
“Complicated” é a melhor forma de começar essa lista! O carro-chefe do álbum de estréia “Let Go” é uma referência de muita nostalgia para os adolescentes dos anos 2000. A canção e o álbum concorreram ao GRAMMY, num total de 8 indicações nos anos de 2003 e 2004.
Por óbvio, os demais singles obtiveram bastante sucesso! Seus vídeos foram os mais exibidos nas emissoras de TV. “Sk8ter Boi” é cheio de atitude, mas “I’m with You” conseguiu tocar ainda mais nas rádios por ter se tornado parte da trilha sonora da novela “Mulheres Apaixonadas”.
Sim, ter uma música na novela das 8 era uma forma de bombar no Brasil.
Dois anos depois, eis que surge o álbum favorito de muitos fãs. “Under My Skin” conseguiu ser ainda mais autêntico, com seu som pesado e suas letras mais pessoais. Esse foi o mais próximo do “lado negro” de Avril que vimos. Com sucessos como “My Happy Ending” e “He Wasn’t“, o disco manteve a imagem de bad girl da Avril. De todas, “Nobody’s Home” define bem essa era.
No início de 2007 os fãs estavam sedentos por novidades. A surpresa não poderia ser maior que o single “Girlfriend”, onde a dita princesa do punk se mostrava mais teen e de fato o álbum “The Best Damn Thing” foi uma quebra de uma grande barreira que apresentaria a cantora a uma nova legião de fãs. Poderia haver harmonia entre o Pop e o Rock?
O disco de 2011 aproveitou o lançamento da música “Alice” para o filme “Alice no País das Maravilhas” e caiu de cabeça no conceito até para a arte da capa. Se esperava algo obscuro, já que a música estaria presente no seu próximo lançamento (como faixa escondida). Se bem que depois de “The Best Damn Thing”, qualquer coisa poderia soar mais séria.
A partir daí já não se saberia os próximos passos de Avril, que ainda continuava como compositora de suas canções, e nelas refletiria o que sente. “Goodbye Lullaby” é um álbum mais romântico e sentimental, mantendo a vibe Pop/Rock e sem tirar as canções divertidas que vimos nos anteriores. “What the Hell” foi o primeiro single oficial, divulgando até sua linha de roupas no clipe.
Por fim, no decorrer do ano de 2013 tivemos uma ideia do que estava por vir. “Here’s to Never Growing Up” foi um bom recado para quem exigia dela um som sempre maduro. O álbum homônimo (AVRIL LAVIGNE) foi uma forma de agradar gregos e troianos, pois trouxe o pop (incluindo sua aventura no K-pop) e o rock (parcerias improváveis com Marilyn Mason e Chad Kroeger).
É fato que Avril é “8 ou 80”, e que não está fazendo algo que não quer com sua música. Entretanto, mudar demais nos deixa sempre com um frio na barriga quando pensamos no álbum que chegará nesse e nos próximos anos. Para finalizar estava entre “Hello Kitty” e “Rock N Roll“… ou seja, o dilema do Pop ou Rock acontecendo de novo. Só que um beijo lésbico e um “mother fucking Bearshark” ganham qualquer uma!