Os Aventureiros – A Origem é tudo, menos cinema

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura

Luccas Neto sem sombra de dúvida sobre empreender bem seu nome no mercado. Junto com seu irmão, construíram um dos maiores canais do YouTube e com isso uma marca rentável com o público infantil, onde temos uma infinidade de coisas como brinquedos e outros materiais, além de uma série de filmes para streaming ( eu contei com uma amiga 15 na Netflix!).

Baseada em sua webserie Os Aventureiros – A Origem, é seu aporte nos cinemas meio que tentando figurar como Xuxa e Os Trapalhões fizeram nas décadas de 70 e 80. Porém se o carisma de outrora era visível e as obras eram pensadas como filmes para as telonas, aqui faltou as duas.

Warner Bros/Reprodução

Na trama, Luccas Neto, sua irmã Gi e seus amigos Vitória, Pedro e Jéssi não faziam ideia do que estava por vir na excursão da escola. Quando Luccas decide invadir o laboratório do recém-desaparecido cientista Honório Flacksman, o grupo é sugado para um portal que os leva para outra dimensão – a Cidade da Alegria. Lá, eles são abordados por Catarina, chefe dos Guardiões, protetores da Cidade. Ela os interroga, suspeitando que estejam envolvidos no recente sumiço do mapa das Pedras do Poder – artefatos místicos que dão poderes aos “escolhidos” -, mas logo entende que só querem voltar para casa. Desbravando a nova dimensão, eles encontram o cientista num esconderijo na floresta. Honório construiu uma máquina que pode ser a solução, mas que precisa de uma grande fonte de energia. Luccas o convence a usar as Pedras do Poder e Honório convida Megan, outra cientista (e lutadora) que também está à procura das Pedras e tem uma cópia do mapa. Nessa aventura, repleta de charadas e armadilhas, a coragem do grupo é desafiada e os amigos entendem que a união é o que os torna mais fortes.

O roteiro e sua premissa são bem diretas e simples, isso não é nenhum problema, afinal muitas obras infanto juvenil apresentam esse escopo muito bem, o problema surge é nas pretensões cinematográfica aqui. Em nenhum momento Os Aventureiros – A Origem parece ser um longa para os cinemas, mas sim um episódio extendido para tv de uma série ( e olha que tem séries de tv nacionais melhores viu). Não há diferença entre o que é gravado para as plataformas particulares de Lucas e aqui. Se fosse uma produção independente gestada por um humilde realizador, já seria difícil de relevar; com uma figura como ele  e a Warner Bros. por trás, é impossível.

Como eu disse lá em cima, a premissa simples que bebe obras como Detetive do Prédio Azul, Bambulua e filmes de super-heróis não seria nenhum problema se tudo fosse feito com mais esmero, o que não é o caso aqui.

Warner Bros/Reprodução

No elenco todo mundo está limitado dentro das estruturas de seus personagens e pouco tem destaques maiores aqui. Nem mesmo Juliana Didone, que já fez Malhação na Globo consegue se sobressair com sua personagem.

Pra finalizar, Os Aventureiros – A Origem, deverá ganhar seu público nicho, mas a produção é a prova que mesmo com grandes investimentos não o suficiente para realizar uma boa obra.

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