A Netflix nos entregou, na última sexta-feira (27), a esperada 6ª temporada de Orange is the New Black. A nova fase da série já começa tensa, as consequências da rebelião se mostram desde o início, e elas não são poucas! Somos convidados a conhecer uma prisão diferente, com detentas e carcereiros novos, à medida em que nossas protagonistas também passam por esse processo de descoberta e adaptação.
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As coisas não serão mais como antes, os acontecimentos durante a rebelião mudaram muitas relações, deixaram marcas e traumas não só nas detentas, mas também em alguns dos guardas. Famílias e amigas foram separados e terão que aprender a sobreviver fazendo novos aliados ou tentando se reaproximar daquelas que amam, por outro lado, para algumas talvez seja melhor se isolar e evitar antigas conhecidas.
O clima na prisão de segurança máxima não é lá muito amigável, dividida em 3 blocos, 2 deles possuem uma rivalidade que já dura há mais de 20 anos. Nossas detentas acabam sendo afetadas por essa tensão, tendo que se envolver em uma antiga rixa que nem elas mesmas conhecem a causa original. É nesse contexto que somos apresentadas à uma das melhores histórias de background desta temporada, onde conhecemos não só o passado das novas personagens, Barb e Carol, como também da própria prisão e sua forma de organização.
Como já estamos acostumados, OITNB é uma série que trabalha com várias narrativas paralelas, e, além da grande disputa entre os blocos da prisão, veremos os efeitos da morte do agente correcional Desi Piscatella, que vão desde confusão e deslealdade, até consequências mais sérias para uma de nossas personagens mais amadas, evidenciando um dos maiores problemas denunciados pela série, a corrupção policial. Os acontecimentos em torno disso também acabam mudando o clima de um núcleo de personagens que funcionavam muito bem juntas, isso pode não agradar muito alguns espectadores.
Piper continua se metendo em confusões e fazendo inimizades, porém, mais uma vez, sua trajetória não se torna a trama principal da temporada (graças à Deus!), sendo uma das menos interessantes. Algumas personagens que estamos acostumadas a ver também aparecem em poucos episódios, cedendo lugar para novas e talvez abrindo espaço para mudanças de elenco maiores no futuro da série.
A 6ª temporada continua com a tradição da série em contar suas histórias de uma forma bem humorada, sem perder de vista as denúncias de um problemático sistema prisional e da sociedade que o sustenta, nos ajudando a entender as motivações e os dilemas das suas personagens, tratando das suas trajetórias sem deixar de mostrar seu lado mais humano e vulnerável. Vemos abuso de poder policial, objetificação e desumanização das detentas e reincidência, mas também podemos ver Dogget nos ensinar a superar um relacionamento abusivo, Taystee e Caputo lutando por justiça e Suzanne ensinando valores de amizade.