Em 2014 Denzel Washington juntamente com o diretor Antoine Fuqua trouxeram O Protetor, filme de ação baseado em uma série de TV dos anos 80 de mesmo nome, onde trazia Robert McCall, um homem pacato que é uma maquina brutal em fazer justiça com as próprias mãos.
Com uma boa aceitação por parte do publico e da crítica, nada mais certo que uma sequencia ser encomendada,e aqui estamos em O Protetor 2, curiosamente sendo a primeira continuação da carreira de Washington.
Assim como no primeiro filme, McCall quer continuar a viver sua vida de aposentado sem atrapalhar a vida dos outros. Mas acaba entrando na vida da vida de uma jovem garota de programa e cruzando o violento caminho de uma rede de tráfico de drogas e prostituição. Na segunda dessa já consagrada franquia, esse Protetor perde uma amiga numa situação misteriosa, ao mesmo tempo em que decide usar suas habilidades para ajudar duas outras pessoas do seu circulo pequeno de conhecidos.
McCall continua sendo um homem de poucas palavras e com a mesma abordagem que no anterior, usa a moral e a ética para ajudar pessoas que precisem, sendo dando um livro ou um conselho que irá servir para a vida, ou utiliza de suas habilidades para lutar contra o crime, sendo contra estupradores ou contra uma gangue que tenta desvirtuar alguém para o crime. É um homem com uma moral interessante para um mundo que parece ter esquecido dela.
Fuqua detalha melhor – mesmo que brevemente – sobre a vida de McCall. Sua esposa aparece pela primeira vez em foto, além de ser mais mencionada. Fuqua faz McCall ir até o local em que vivia antes de se mudar para Massachusetts. Essa retirada do personagem de seu lugar comum é importante para o protagonista, o fazendo reviver o passado e assim nos fazendo conhecer mais sobre o ex-agente e também para não ficar na mesmice do anterior, precisava retirar ele de lá e esse foi o motivo encontrado.
Apesar disso, o longa se perde um pouco. O enredo é muito abrangente e os personagens somem por grandes períodos. Seria melhor se o foco fosse apenas a vida do protagonista ou a investigação de um assassinato, mas o filme tenta abraçar de tudo um pouco, e ainda fecha com final um tanto de filme de super-herói. O resultado incomoda um pouco mais do que gostaríamos e a duração parece mais longa do que deveria.
Mesmo que apresente esses problemas, Fuqua entrega uma sequência coerente que preserva o altruísmo que torna McCall num herói de ação único, capaz de infligir grandes quantidades de dor ao mesmo tempo em que continua inabalável em seu senso de moralidade.
Mas é claro que, apesar do coração de ouro de seu protagonista, boa parte do público estará mais interessada em vê-lo despachando gente de todos os lados. Nesse quesito, O Protetor 2 não decepciona e consegue ser ainda mais sanguinolento que seu predecessor, partindo direto para a ação em um prólogo dentro de um trem a toda velocidade e culminado em seu ultimo ato para uma ação tensa em uma cidade deserta em meio a uma tempestade.
A interpretação de Denzel Washington brilha, como era de se esperar, e as cenas que ele protagoniza com Pedro Pascal são algumas das mais intensas. Ashton Sanders, que interpreta o jovem Miles, também entrega uma performance sólida.
O Protetor 2 apresenta uma trama simples, que embora abrangente demais em algumas subtramas, o carisma de Denzel Washington e seu protagonista eleva o material e consegue articular boa ponte entre o mito e o presente, fazendo mais uma vez um bom programa para os apaixonados pelo cinema de ação.