O Passageiro conta a história de Michael Woolrich (Liam Neeson), um vendedor de seguros que, durante o seu trajeto usual de volta para casa, é forçado por uma estranha misteriosa (Vera Farmiga) a descobrir a identidade de um dos passageiros do trem antes da última parada. Com a rotina quebrada, o homem se encontra no meio de uma conspiração criminosa.
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O filme é mais um exemplar da união de Liam Neeson e, que já deu certo outra vezes em Desconhecido (2011), Sem Escalas (2014) e Noite Sem Fim (2015). É o estilo de filme que marca a “renovação” de Neeson como ator, fazendo filmes de thriller cheios de ação no intervalo de outros de maior peso, como Silêncio (2016).
O Passageiro começa empolgante, do tipo que te prende na cadeira, enquanto você vai juntando os pedaços para descobrir a trama da história. O problema é que o roteiro, que inicialmente parece elaborado, vai ficando fraco e não é difícil você deduzir várias coisas que vão acontecer. As cenas tensas e de ação são muito boas e até ficam na memória por um tempo, mas dificilmente te seguirá por anos.
Todavia, se a história tinha alguma pretensão de ser algo diferente – o que não parece ser o caso -, não funcionou. Ainda que o filme seja um exemplar dessa renovação de Neeson, a sensação que fica ao sair do cinema é que você já viu aquele filme outras vezes. É Busca Implacável (2008) versão trem: será que as pessoas ainda não aprenderam que não devem ameaçar a família de Liam Neeson?
Essa leva de filmes de ação do ator pode ser positiva em sua carreira, mas a cada filme que assistimos, a sensação é de que ele está caindo naquele grupo de atores que fica conhecido por fazer o mesmo papel, em filmes diferentes. Bem no estilo Tom Cruise, que é Ethan Hunt de Missão Impossível (1996) na maioria de seus outros filmes, como se todos os outros fossem um universo alternativo do original de 96.
É um longa para entreter e não trás muitas novidades de forma geral. Porém, é com Liam Neeson dando um show de atuação e pancadaria, como não querer assistir?
