O Homem do Saco | Lenda urbana é mal explorada em terror genérico

Danilo de Oliveira
3 Min de Leitura
Paris Filmes/Reprodução
1.5 Muito Ruim
Critica - O Homem do Saco

Lendas urbanas sempre adentrou na nossa cultura popular, vindo de nossos pais e avós e se mantendo presente no imaginário. Quem com mais de 30 anos nunca viu histórias de Lobisomem, Loira do Banheiro ou do Papa Figo?

Filmes de terror baseado nessas lendas não são uma novidade, mas atualmente tem se tornado mais frequente. O Homem do Saco é a bola da vez em trazer uma figura do imaginário de várias culturas para as telas. Se a premissa é interessante e promissor, o resultado é muito aquém disso tudo.

No filme, Patrick McKee (Sam Claflin) acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake (Caréll Rhoden) e sua mulher Karina (Antonia Thomas). Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história do Homem do Saco que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava. Convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.

Paris Filmes/Reprodução

Como eu disse acima, a ideia de um terror abordando uma lenda urbana muito conhecida de muitos é bem promissora. Quem nunca na infância ouviu a história dessa figura? Homem do Saco, Papa Figo entre outros nomes, o personagem tem tudo pra ser explorado.

O problema é que o roteiro de John Hulme é preguiçoso em explorar de forma efetiva tudo isso, e vai para os clichês mais convencional, quase qua fazendo um check list do que apresentar.

A direção de Colm McCarthy é uma sucessão de conveniências que não ajudam e o ritmo é vagaroso que só prejudica ao invés de auxiliar em algo.

Paris Filmes/Reprodução

De positivo, temos o visual do Homem do Saco que mesmo com o pouco orçamento consegue utilizar bem os efeitos práticos e entregar algo bacana.

O elenco está no automático e realiza o que o roteiro entrega pra eles. Sam Clafin, o Finnick de Jogos Vorazes tenta passar os traumas de infâncias que seu personagem viveu, mas não tem muito o que explorar. Por incrível que pareça o garotinho Caréll Rhoden, chama atenção com seu jeitinho carismático e traz um bom trabalho dentro do que se espera de uma criança.

O Homem do Saco é mais uma boa e promissora idéia que se perde na falta de ousadia de seus realizadores. A lenda urbana foi para o saco!

Critica - O Homem do Saco
Muito Ruim 1.5
Nota Cinesia 1.5 de 5
Share This Article
Leave a comment