O Chamado 4: Samara Ressurge | Era melhor ter ficado no Poço

Emile Campos
5 Min de Leitura

Uma vez em um episódio de Pica pau ele fala: Vodu é pra jacu! Vodu é tapeação! Talvez essa associação possa se encaixar bem com esse lançamento de O Chamado 4: Sâmara Ressurge, novo filme da franquia que estréia nesta quinta-feira (27) mas que não tem nada a ver com a franquia que ele se diz ser.

Se utilizar de certos títulos de franquia pra tapear o público a assistir uma obra, não é novidade de hoje nos cinemas. O cinema italiano já fez isso em algumas vezes com seus Giallos pra serem vistos fora do país ( utilizaram o novo da franquia O Massacre da Serra Elétrica pra isso rsrsd) e aqui no Brasil também já foi feito, um exemplo é a franquia de terror Pânico na Floresta que seu segundo filme não é Pânico na Floresta 2 e sim outro filme de floresta que a distribuidora vendeu como sendo da franquia em destaque.

Paris Filmes/Reprodução

Pois aqui também é o mesmo exemplo, O Chamado 4 não é o quarto filme da franquia antagonizada pelo espírito da Samara, mas sim uma produção japonesa da original inspiração americana Sadako, mas também sendo uma nova versão sem ligação com Ringu ( a franquia japonesa) sendo mais uma versão derivada de fato, mas mantendo sua antagonista de forma um tanto diferente. Explicado os panos nos is, mesmo sendo uma versão japonesa ( que a propósito são bem melhores e com menos CGi que sua americana) o longa é uma obra que assusta mas pelo o que executado em tela do que com sua história e sustos. Um filme que fará até o mais simples fã do gênero se perguntar porque viu isso!

Na história, mortes misteriosas que acontecem no Japão, na China e em outros países ao redor, são relacionadas a uma antiga lenda que envolve uma certa fita de vídeo amaldiçoada. Em um programa de auditório na TV, um médium charlatão, Kenshin, e uma estudante de QI alto, Ayaka Ichijo, debatem o tema, opondo crença e ceticismo.

Após o término do programa, Master Kenshin desafia Ayaka a assistir tal fita amaldiçoada. Entretanto, sua irmã mais nova assiste o conteúdo da fita por diversão. Desse modo, Ayaka tenta revelar o mistério que envolve o tal vídeo. Nesse interim, outros personagens se juntam a ela.

Paris Filmes/Reprodução

A premissa até parece interessante, mas não se deixe enganar, tudo para por aí! Todas as decisões do roteiro escrito por Kôji Susuki & Yuga Takahashi soam pífias, e até risível na pior maneira da palavra. Durante todo o filme, temos teorias para solucionar as mortes e no final a solução apresentada é decepcionante.

A edição e a direção é outro problema, porque se a trama vai sendo um desastre contínuo, a montagem acaba por solidificar tudo isso. Tem transições que beiram o amadorismo e a direção ineficiente auxilia isso. Nem os sustos fáceis ajudam, você fica lá assistindo e se perguntando porque está vendo isso e quando acaba não dá pra “desver” somente aceita que foram 1 hora e 40 minutos perdidos em um filme de horror que não entrega nada do que se propõe. A fotografia também não ajuda, se utilizando de muitas cores vívidas e estragando os momentos que deveriam criar tensão. Até a utilização da câmera para os ataques da Sadako são vergonhosas.

Paris Filmes/Reprodução

Pra não dizer que falei mal de tudo,a atriz Fûka Koshiba, vivendo a protagonista Ayaka consegue ao menos passar a essência da sua personagem com o que pode de um roteiro horroroso.

Pra não me estender, eu só posso dizer é que o Chamado 4 é terrível! Terrível como filme de terror, terrível como um filme da franquia e terrível em querer ser vendido como uma sequência! Chega a ser vergonhoso como um projeto desse foi trazido aos cinemas e vendido dessa forma! Era melhor ter ficado no Poço viu Samara/Sadako!

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