No início dos anos 2000 a Disney teve a ideia audaciosa de adaptar para as telas as atrações de seu famoso parque. A primeira aposta foi Piratas do Caribe, que foi um sucesso estrondoso com Johnny Depp e gerou uma franquia muito rentável.
Desde de então vieram outras que não tiveram o mesmo exito como Mansão Mal Assombrada, o esquecido Tommorowland e o mais recente Jungle Cruise. Todos foram divertidos mas nada marcantes a ponto de seguirem como uma franquia rentavel vide o brinquedo dos piratas.
Tentando trazer de volta a tona essas adaptações em meio a seus live-actions que o estúdio trouxe de volta Mansão Mal-Assombrada quase 20 anos para uma nova roupagem. Se longa de Eddie Murphy lançado em 2004 tinha uma proposta divertida focada no talento cômico do seu astro, aqui a nova versão é igualmente uma sessão da tarde que deve agradar a criançada e aqueles que anseiam por um divertimento mais escapista e descompromissado.
Na trama, quando uma família se muda para um casarão antigo de Nova Orleans, a cidade mais sobrenatural dos Estados Unidos, ela não esperava que fosse acabar em um lugar com espíritos malignos. Agora, com a ajuda de um cientista cético, um padre trambiqueiro, uma vidente e um professor biruta, esse grupo nem um pouco tradicional vai tentar resolver as questões espirituais e se livrar das assombrações.
O roteiro de Katie Dippold é simples e preza por não se levar a sério em nenhum momento, sendo isso um dos principais pontos positivos de sua construção. A premissa é estabelecida rapidamente e seus personagens são colocados para desvendar o misterios sobre aquele lugar, criando momentos engraçados e aliado a direção apesar de simples bem conduzida por Justin Simien, isso acaba entretendo bem o seu publico.
A arquitetura, religião e cultura da cidade da Louisiana são agentes no lado místico do filme, embora o longa por ser um filme mais familia não pode se adentrar mais no fator horror, um problema pra esse tipo de filme, mas bem contornado por seu elenco. Na parte técnica, apesar do bom uso do CGi, nada é impressionante! A fotografia apesar de alguns momentos ser um pouco escura (talvez pra ajudar a maquiar melhor o CGi) não atrapalha.
Lakeith Stanfield, Rosario Dawson e Owen Wilson tem uma boa quimica e entrega alguns arcos dramáticos, principalmente o do Stanfield que tem isso mais ligado a jornada de personagens, embora isso não seja feito de forma mais aprofundada. Wilson ainda bem , não é o ator cômico de outras produções. O restante do elenco serve para pontuar com comédia um filme que flutua muito bem entre gêneros. Jamie Lee Curtis faz uma participação, onde sua personagem, uma guia espiritual que remete mais a atração adaptada do longa, assim como o vilão de um irreconhecível Jared Leto, que continua com seus exageros de sempre rsrsrs.
A nova versão de Mansão Mal-Assombrada entrega de forma honesta aquilo que se propõem: uma aventura divertida e escapista para toda a família. Agora é esperar a adaptação de A Torre do Terror, a proxima atração a ganhar as telas em breve.
