E eis que pude conferir o mais novo álbum da banda Finlandesa Nightwish intitulado, Endless Forms Most Beautiful que se baseia nos trabalhos do biólogo Richard Dawkins.
Bem, façamos primeiro uma análise faixa a faixa, para só então tirar conclusões sobre o álbum como um conjunto.Vamos lá!
Shudder Before The Beautiful:
Nos moldes de Storytime e Dark Chest of Wonders, uma típica música de abertura com a cara da banda. Uma das melhores do álbum. Instrumental forte, refrão bem marcante, e a letra também, com a orquestra acompanhando o tempo todo.Talvez não ,muito melhor que as duas musicas a qual me referir. Talvez seja o proximo single.
Weak Fantasy:
Com uma levada forte de bateria, belos vocais de Floor e um refrão pesado que fica na cabeça, com a participação do coral, sempre ao fundo. A voz de Marco também se apresenta ao fundo, voz essa que retorna na parte final da música. Resumindo, mais uma entre as melhores, com os ingredientes que mais prezamos na banda durante todos os anos além de toques inovadores quanto a musicalidade da mesma.
Élan:
Ouvida milhares de vezes desde o lançamento em fevereiro, é uma música simples, mas bonita e boa, e que sintetiza o conceito do álbum. Com uma bela melodia e vocais sublimes da Floor,certamente será uma musica que irá ser agradar fã e não fãs da banda devido a suvidade inicial e a sensação de quero mais do fim.
Yours Is An Empty Hope:
A musica já começa com a orquestra a mil, talvez a música mais pesada do álbum, grandiosos Riffs de Emppu, esta lembra pouco mais a Dark Chest of Wonders. Começa com a Floor cantando mais forte, com mais agressividade, o que destaca essa de todas as outras. O refrão, porém, é um contraste com os versos que o antecedem, mas o que mais me incomoda nele é os vocais gulturais da Floor terem ficado em backing vocal,uma pena não mostrar mais esse potencial da artista mas tudo bem.Com certeza essa não deverá faltar nos shows!Convém destacar a participação de Kai Hahto que gravou a bateria deste álbum, devido aos problemas de saúde do Baterista original Jukka Nevalainem.
Our Decades In The Sun:
A acalmada vem com uma tipica balada que não poderia faltar em álbum da banda. Mais uma vez o destaque vai para a bela voz de Floor Jansen. Porém, o coral infantil ficou muito pouco aproveitado, fraquinho, e a música não precisava da duração de 6:39, tudo poderia ser feito em menos tempo, de forma mais bonita e agradável. Mas a música cresce de uma forma ótima e ao vivo pode agradar e emocionar mais(acredito eu).
My Walden:
Me surpreendeu. Uma música mais para o lado folk dessa nova fase da banda. Troy participa com seus intrumentos e com vocais nessa música. O instrumental bastante empolgante. A Floor canta como em Élan, mas se sente mais emoção, e o refrão é mais bem marcante e forte que o de Élan. Realmente uma surpresa.
O agudo da Floor no final é mais um ponto positivo para a música (não é como o agudo do final de Ghost Love Score no ‘Showtime, Storytime’).
Endless Forms Most Beautiful:
Faz o seu papel como música que dá o nome ao álbum, mas parece que não está revelando tudo o que pode e, assim como Élan, só se desenvolve mais quando se encaminha para o final. Mas está entre as melhores, sim.
Edema Ruh:
Temos aqui, linhas de teclado que lembram Century Child ou até mesmo Oceanborn, bateria cadenciada e um ótimo refrão, é a música mais completa do álbum, onde mostra a sincronia da banda toda.
Alpenglow:
Junto com Élan, Endless Forms Most Beautiful e Edema Ruh, é mais uma seguidora de fórmula. Mas, como toda música do Nightwish, tem algo especial. Eu considero que nessa seja o vocal diferente da Floor em alguns versos, e o refrão foi um ponto alto na música. Élan é ótima, mas talvez a banda acertasse em cheio o alvo se lançasse Alpenglow como single deste trabalho. Mais uma surpresa que o álbum me forneceu. Bem melhor do que eu esperava.
The Eyes Of Sharbat Gula:
Bem, não é uma instrumental como Moondance, ou Last Of The Wilds, ou Arabesque, ou ImaginImagin. Eu acho que seria melhor ter tirado essa e colocado Sagan (que foi lançada na versão física do single Élan) no lugar dela. Não traz muito de diferente a acrescentar,talvez o ponto baixo do álbum.
The Greatest Show On Earth
Então chega a mais esperada, que a maioria pula as outras pra ouvir logo essa e só depois todo o resto. Com esse nome sugestivo, não poderia ser diferente a música é apoteótica, grandiosa, mostra o NIGHTWISH na melhor forma, mostra toda a genialidade de Tuomas Holopainem, a música é sobre a vida e evolução por seleção natural, a canção começa calma e vai crescendo, quando finalmente chega no Big Bang, toda a sensibilidade do poeta foi colocada nesta faixa. Alternando vocais agressivos, suaves, emocionantes, empolgantes, lindos e contagiantes, a Floor nos guia dentro dessa maravilhosa jornada. O Marco aparece no refrão, e o instrumental está bombástico, e continua assim enquanto há vida humana. Uma obra-prima. Depois de 24 minutos de uma maravilhosa jornada. Hora do replay.
Bem, sem dúvidas esse é o álbum mais alegre e evolutivo da banda não só nas letras, mas também nas composições. As músicas são cheias de trechos de outras músicas, mais do que uma marca do som da banda, é uma recapitulação dos álbuns anteriores. ‘Endless Forms Most Beautiful’ parece reunir os melhores momentos de toda a carreira da banda, e mesclá-los com a nova identidade e a nova fase. Quanto à Floor Jansen, sua voz foi bem utilizada para as músicas, mas ainda há muito potencial a ser explorado, que, ao que me parece, o Tuomas preferiu não revelar tão cedo. O álbum sem duvidas é excelente, mas não é perfeito vendo que alguns pontos mais baixos prejudicaram seu potencial.Que a evolução continue no próximo pois realmente assim será mais do perfeito.