Morte no Nilo | Kenneth Branagh traz mais uma obra clássica de Agatha Christie de forma elegante as telonas

Danilo de Oliveira
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Para alguns o clichê hoje em dia é algo ruim, já que você está repetindo uma formula de sucesso para manter seu produto em evidência. Mal sabe eles que esse tema debatido de forma quase polarizada principalmente quando se fala em Marvel Studios, a autora de romances criminalistas Agatha Christie já fazia há bastante tempo e de forma exemplar, já que seus inúmeros sucessos literários bebem do seu estilo bem funcional de mistério e resolução de casos muitas vezes pelo o detetive Hércules Poirot e sempre são lembrados como a referencia para formula para se realizar uma obra do gênero.

Depois do sucesso de Assassinato no Expresso do Oriente, era claro que uma continuação era questão de tempo para chegar as telonas. Depois de alguns atrasos devido a pandemia, eis que Morte no Nilo, outra obra clássica da autora chega novamente pelo diretor Kenneth Branagh e que reuni um estelar elenco para mais um caso de mistério onde só o melhor detetive do mundo pode solucionar.

A trama conta a história de um assassinato durante a lua de mel do casal Linnet Ridgeway (Gal Gadot) e Simon Doyle (Armie Hammer). O crime acontece dentro de um barco, no Rio Nilo, e quase todos os passageiros têm motivos para serem suspeitos. Um dos convidados, entretanto, é o detetive mais famoso do mundo, Hércules Poirot (Kenneth Branagh), que se torna responsável pela confusa investigação.

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Os primeiros minutos de Morte no Nilo nos traz a uma pequena historia de origem do detetive e nos mostrar a nos entender o porque das excentricidades do Perriot e até seu famoso bigode. É interessante vendo que até então (me corrijam se eu estiver errado) não é apresentado nos livros sobre, apenas detalhes, sobre o protagonista e o humaniza para o publico, já que sabemos as façanhas que o detetive é capaz.

Passado isso o diretor juntamente do roteirista Michael Green conduz a formula que deu bastante certo no filme anterior, usando o primeiro e extenso primeiro ato para apresentar os personagens, os posicionar em cena e ai então o crime ocorre e todos viram suspeitos, já que todos tem algum motivo para motivar tão crime e o público é convidado a fazer suas apostas – o momento que todos esperavam pacientemente.

A fórmula do assassino misterioso é praticamente infalível, não importa muito como seja aplicada. Nesse sentido, Morte no Nilo faz bom uso dos clichês e do mistério para a simplicidade a que se propõe. Sua receita é feita aqui muito bem e vai agradar os apaixonados pelo mistério como o filme anterior.

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O filme aproveita bem a amplitude do cenário. Enquanto Assassinato no Expresso Oriente é um claustrofóbico (pessoas confinadas em um trem não permite que os personagens explorem a região), em Morte no Nilo, ainda que os personagens estejam confinados em boa parte do tempo, vários pontos turísticos do Egito são explorados, além do tamanho do próprio barco. A fotografia consegue trazer essa estética turística e paradisíaca do Nilo, e criar um tom soturno nos momentos da investigação e crimes estão em evidência.

No seu elenco o filme tem seus destaques positivos e negativos. Se por um lado ter atores como Gal Gadot, Annet Benning, Rosie Leslie, Russel Brand entre outros reforçam bem e abrilhantam a produção, as polemicas envolvendo com alguns como Letitia Wright e até Armie Hammer (que praticamente foi limado da campanha de divulgação do longa) pode atrapalhar a imersão de quem está mais antenado na gravidade do mundo real.

Morte no Nilo é uma apaixonada homenagem da obra de Agatha Christie que traz boas doses de humor, tensão, brilho e claro, reviravoltas! Se você é apaixonado por mistérios ou curtiu o filme de 2017 esteja bem vindo a participar da investigação conduzida pelo detetive Hércules Poirot.

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