Lançado em 2004 para o Playstation 2, a franquia Monster Hunter, criada pela Capcom rapidamente se tornou um sucesso no Japão tendo novas continuações para muitos outros consoles.
Com Monster Hunter World, seu ultimo lançamento, o game atingiu um publico e reconhecimento no ocidente o que também abriu os olhos de Hollywood para uma possível adaptação, que chega agora através de Paul W.S. Anderson, diretor conhecido pelo primeiro Mortal Kombat e a franquia Resident Evil que traz mais uma vez seu estilo de adaptar essas mídias para seu gosto ou não.
Na trama um grupo de soldados indo em busca de uma equipe de aliados desaparecidos numa região inóspita. Após uma tempestade misteriosa, a tenente Natalie Artemis(Milla Jovovich) e seus amigos são transportados para o “novo mundo”, um lugar intimidador com criaturas perigosas, criando assim a necessidade de lutar pela sobrevivência.
Como já havia feito em outra adaptação, Anderson criar uma nova protagonista para guiar sua trama para o publico mais leigo. A intenção é até boa, pois como poucos conhecem a franquia intimamente, o olhar da personagem de Jovovich passa esse deslumbre e apreensão. O problema é que o grande numero de personagens inseridos, juntamente com o material por seu universo e protagonista é bem interessante, o diretor mais uma vez opta pelas decisões mais rasas em desenvolver seu roteiro e foca na ambientação e visual do Novo Mundo do que adaptar e desenvolver um universo rico por si só. É difícil criar algum vinculo por algum personagem tanto da tripulação de Admiral (Ron Perlman) ou os soldados comandados pela Artemis, todos parecem está ali somente para somar números e não com propósitos e tal(nossa Nanda Costa aparece tão pouco!), apenas a protagonista e o Hunter do Tony Jaa tem uma boa interação e até carregam a aventura, que ao menos saber divertir e entreter durante a sessão.
Alias a palavra melhor pra descrever Monster Hunter é: escapismo! Quase como game, onde temos níveis para passar o roteiro segue assim, divertindo com boas cenas de ação onde os monstros surgem, clichês do protagonismo e um visual e design de produção caprichado. A luta com o Diablos e a batalha final apesar do grande uso de câmera lenta são boas. Já as lutas mais físicas tem muito uso de corte que atrapalha mais que ajuda, mas como eu falei antes, não espere nada muito mais que escapismo e você vai se entreter.
Monster Hunter poderia ser melhor, mas ao menos entrega o que o grande publico espera de uma produção de aventura: entretenimento. Como adaptação do material original carece bastante de explorar melhor a lore do seu universo, e com o gancho para uma possível continuação, esperamos que Anderson ouça um pouco os fãs e abrace mais o Nvo Mundo, porque só escapismo não basta!