O terror sempre gostou de brincar com nosso imaginário através de variados tipos de inimigos. Desde de mortos-vivos, demônio, assassinos mascarados, animais e até objetos amaldiçoado, sempre foi uma fonte pra se explorar e nos fazer medo.
Se já tivemos coisas bizarras como geladeiras, pneus e até camisinha porque não uma piscina? Pois essa é a aposta da nova produção da Blumhouse para o início do ano com Mergulho Noturno.
Adaptado do curta homônimo de 2014, o longa apresenta a história de um ex-jogador de beisebol que se muda com a esposa e os filhos para uma casa nova. Lá, eles encontram forças sobrenaturais que assombram justamente o local favorito das crianças: a piscina.
O roteiro feito pelo o estreante Bryce McGuire ( que também dirige, além de ser o realizador do curta original) sabe utilizar das conveniências do gênero sem precisar reiveintar a roda pra criar um bom clima por trás do local maligno. O diretor até sabe criar cenas interessantes com a câmera dentro da piscina, como um exemplo um momento de nado, onde acompanhamos pela ótica da pessoa nadando.
O problema é que o roteiro não sabe apresentar ou explorar sua ameaça. A explicação não fica muito bem encaixada e soa meio piegas na metade do longa e faz toda sua premissa interessante ir pelo ralo. Nem a temática sobre sacrifícios, adaptação e doença são sub-exploradas ficando na superfície rasa do roteiro. É pouca história pra muito tempo de filme, isso pode ser explicado pelo fato do longa ser baseado em um curta de mesmo nome.
Apesar do elenco está bem dentro do que o roteiro se dá, alguns personagens tomam decisões equivocadas como já vimos várias e várias vezes em filmes do gênero. Além disso, os momentos em que o “monstro” aparece são dignos de riso, já que o uso do CGI deixa muito a desejar.
Talvez o maior problema de Mergulho Noturno seja se levar a sério demais e não abraçar seu lado mais galhofa e unir o terror com momentos de riso, como fez M3gan no início do ano passado.
Pra finalizar, Mergulho Noturno vai entregar a diversão e sustos que muitos fã de produções do estilo esperam e enchem o shopping pra ver. E não é de todo ruim como a imprensa americana o fez ser, mas é o tipo de projeto que nada, nada mas não sai do raso.