Nesta sequência do sucesso Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, a autora Beck Albertalli nos conta a história de Leah Burke, a melhor amiga de Simon Spier – que no filme é interpretada pela Katherine Langford, de 13 Reasons Why. Então se preparem para reencontrar todos os personagens que amou (ou não) no livro e no filme do Simon, enquanto acompanhamos a luta de Leah para encontrar a si mesma em seu livro solo.
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No entanto, tem uma coisa que vocês precisam saber sobre Leah (e que não ficou muito claro no livro do Simon): ela odeia demonstrações públicas de afeto, odeia clichês adolescentes, odeia quem odeia Harry Potter, odeia o novo namorado da mãe, odeia pessoas fofas e felizes… A lista é extensa e isso está apenas na sinopse.
O livro se trata de um romance entre duas garotas, tema que a autora já tinha abordado no livro da Molly, mas que aqui é o centro da história, o que é um enorme acréscimo a literatura. Principalmente para a jovem e a brasileira, onde tem crescido o número de publicações sobre romances entre dois homens, mas que ainda é tímido quando a história envolve o romance entre duas mulheres.
Leah nunca foi uma personagem que me chamou grande atenção ou aguçou minha curiosidade, de modo que não ansiava por um livro dela, mas assim como abracei a surpresa que foi o lançamento de Os 27 Crushes de Molly feita pela autora, também resolvi abraçar o livro da Leah. Um abraço espinhoso, mas ainda um abraço.
Ela é fã de Harry Potter, e o Harry de a Ordem da Fênix é uma bom exemplo de como é a personalidade da Leah: ela realmente odeia muitas coisas, estende até quase o infinito a tempestade que faz em um copo d’água e se revolta fácil com pequenos acontecimentos, muitas vezes desistindo muito fácil do que quer.
Tenho consciência que isso é ser adolescente na maioria das adolescências. Gosto de livros assim. Já li muitos. Porém, Leah não funciona bem. Assim como a personagem parece estar sempre sentindo falta de algo, o livro parece ter algo faltando, até mesmo nas partes românticas do livro, o que é realmente uma pena.
Para saciar o mistério de por quem Leah se encontra perdidamente apaixonada vocês vão precisar ler. Foi uma grande surpresa para mim e acho que será para outros leitores também. De forma geral, Leah Fora de Sintonia não é ruim, apenas não aprofundado o suficiente, com ares de “apenas mais um livro em minha estante” e, com toda a certeza, não é o melhor livro de sua autora, no entanto, vale a leitura principalmente pela volta dos antigos personagens, já que se trata realmente de uma sequência de Simon, cerca de um ano depois da primeira história.