Chegando nessa quinta-feira (13) nos cinemas nacionais, a nova comédia nacional Juntos e Enrolados traz uma comédia de casamento bem “abrasileirada” vamos dizer de passagem.
Na trama conhecemos o casal formado por Júlio (Rafael Portugal) e Daiane (Cacau Protásio). Depois de se casarem no civil, eles começam a juntar dinheiro para a festança de casamento dos seus sonhos. Um bom tempo depois, o grande dia chega. Mas a vida é uma amante cruel, e o casal termina o relacionamento pouco antes das festividades começarem.
Diante de todo o dinheiro gasto, acabam resolvendo curtir a balada, agora uma “festa do divórcio”. E eles passam, literalmente de uma cena para outra, de ir do “ele/a é a pessoa da minha vida” para inimigos mortais, fazendo de tudo para machucar um ao outro.
O roteiro escrito por Cláudio Torres Gonzaga, Rodrigo Goulart e Sabrina Garcia como vocês podem reparar pela sinopse busca cativar o espectador pela identificação características de seus protagonistas e acontecimentos digamos “peculiares” do brasileiro. A ideia do casal juntar o dinheiro e economias em uma caixinha para realizar o tão sonhado evento, quem nunca se viu na situação de guardar dinheiro seja para realizar uma viagem, uma festa de formatura ou até mesmo uma festa de casamento? Outro é a personalidade do próprio casal que é comum em muitos casais brasileiros. Quando o espectador se imagina naquela situação ou conhece alguém que vivencia aquilo, então automaticamente vai despertar o interesse dele em acompanhar aquela história, é comum a muitos aqui no Brasil, passar por perrengue para conquistar algo atento aos acontecimentos corriqueiros, com isso mesmo entre inúmeras coisas e vai e vem, a história se mostra atrativa para seu publico alvo. Algumas coisas acabam ficando meio jogadas a tantas situações e poderiam ser melhor condensadas, mas não é proposito do longa, que quer entreter casualmente.
A química de Cacau Protásio e Rafael Portugal é muito boa e ajuda os momentos de risos e vergonha alheia que acontecem em tela. Portugal as vezes repete bastante algumas piadas e em alguns momentos isso acaba ficando um pouco saturado, mas seu timing cômico sendo um cara sem presença e estabanado é muito boa e agrada. Protasio no seu timing de sempre se destaca sempre e arranca altos risos da plateia.
Junto e Enrolados cumpre seu papel como uma comédia que puramente divertir se utilizando dos estigmas do brasileiro. Quem nunca foi em uma festa que começou bem e depois da bebedeira tem problema, mas que no dia seguinte tava todos se falando? De dia a gente briga, a noite a gente se ama, já dizia Leandro e Leonardo.