Joyland é facilmente um dos melhores livros que li ultimamente, despertando vários sentimentos que há tempos não sinto lendo um livro “solo”. O livro faz jus ao nome e traz alegria ao mesmo tempo que intriga, consome e conquista o leitor de uma forma que é quase impossível parar de ler, principalmente nas últimas vinte páginas.
A história é contada sob o ponto de vista de Devin Jones, um cara comum querendo ganhar uma grana e ficar com sua mina. Para isso, aceita um trabalho de verão em Joyland, um parque de diversões com brinquedos maravilhosos, um mascote fofo e o mistério do espírito de Linda Gray rondando sob a Horror House, lugar onde ela foi brutalmente assassinada e o assassino nunca foi pego.
Com a narrativa alternando entre a vida amorosa do Devin e o ar mítico que paira no parque, o livro cria uma expectativa, uma sensação inquietante e maravilhosa de “algo vem aí”. E quando esse algo acontece, a vontade é de jogar o livro pra cima e gritar “EU SABIA” mesmo não tendo a menor ideia do que ia acontecer, mas só por saber que algo veio realmente aí e veio de uma forma maravilhosa e inesperada, já valeu a leitura.
Embora Devin seja o protagonista, não tem como não simpatizar com Erin e Tom e a história paralela deles e com Anne e Mike e o ingrediente a mais que trazem para trama. Basicamente todos os personagens que aparecem – por mais curtas que sejam as aparições -, tem uma importância, um valor e deixam uma marca.
Stephen King foi simplesmente genial quando escreveu essa obra de arte que vai muito além das loucuras sobrenaturais, é uma história sobre o amor e as alegrias e tristezas que ele traz.
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