Com bom elenco, IT – A Coisa é ainda mais assustador que o clássico

Carol Magalhães
4 Min de Leitura

Remake de uma mini-série para TV dos anos 90, IT – A Coisa é uma ótima opção para os fãs de terror. Com bom elenco e cenas apavorantes, a adaptação promete agradar desde os apegados ao original quanto à nova geração. Isto porque o longa mantém o ambiente dos anos 80 presente em sua história o tempo todo. Sem exagerar, as roupas, músicas e falas remetem à década de forma que até os mais jovens podem se relacionar. Não trazer a história para o presente ajudou, ainda, na construção do terror do filme. Afinal, o passado é sempre um pouco mais aterrorizante do que os dias atuais, certo? Daí o recurso, por exemplo, de filmes mais recentes, como Invocação do Mal 1 e 2, recuarem alguns anos.

A maior parte do filme se passa na apresentação da história – depois de uma hora de filme, os protagonistas ainda nem sabiam que estavam todos vendo Pennywise. Aliás, nem todos se conheciam! Mas o ritmo que o filme cria não torna esse primeiro momento chato. Ao contrário: é daí que vêm os momentos mais assustadores do filme, com cada personagem tendo contado com seus maiores pesadelos. Até a famosa cena da morte de Georgie, por exemplo, não perdeu a habilidade dar medo, mesmo sendo bombardeada nos trailers e nas cenas exclusivas pelos produtores. 

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É nesta cena que percebemos que o ponto alto do filme é, realmente, o palhaço Pennywise. Com visual repaginado, o personagem está mais adaptado para agradar o público mais novo. E Bill Skarsgård, ator sueco que interpreta o vilão, mostra todo seu poder de interpretação em diversas cenas impecáveis. A computação gráfica usada, porém, foi de encontro ao ator – chegou a estragar algumas cenas, onde apenas a face de Pennywise já seria bastante assustador. Mas, na maior parte do filme, os efeitos especiais não deixam a desejar, sendo bastante realistas.

Para quem desejava ver Finn Wolfhard (de Stranger Things) brilhar na telinha, aí vem uma boa notícia. O ator entrega uma performance muito, muito engraçada. As piadas de Richie (personagem de Wolfhard) são outro ponto positivo do filme, e têm um ótimo timing. Além dele, Sophia Lillis (no filme, Beverly Marsh) e Jack Dylan Grazer (no filme, Eddie Kaspbrak) e Chosen Jacobs (no filme, Mike Hanlon) também surpreendem com ótimas atuações. O resto do elenco, inclusive Jaeden Lieberher, que interpreta o protagonista Bill Denbrough, têm presença tímida, mas contundente.

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A trilha sonora, por sua vez, não brilha no longa. Poucas músicas dos anos 80 são usadas – talvez justamente para que não se exagere no quesito ‘nostalgia’ – e a trilha original também não chama a atenção. Mas também não prejudica o clima de terror do filme, que depende mais da fotografia, bastante escura na primeira hora de filme, e dos velhos clichês de sempre, que conhecemos e amamos. Ao final, uma referência à produção de 1990 pode ser a deixa para que os espectadores assistam o original e façam suas comparações. IT – A Coisa é ainda mais assustador que o primeiro filme, mas mais distante do livro escrito por Stephen King. No fim das contas, é uma ótima homenagem e, com certeza, uma obrigação a quem vai frequentar os cinemas neste mês. 

IT – A Coisa chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (07).

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Caroline Magalhães é estudante de jornalismo, blogueira e leitora ávida. Vira fã das coisas em segundos e tem milhões de crushs que moram em livros, séries ou filmes. No Cinesia, escreve sobre histórias do mundo nerd.
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