Imaginário: Brinquedo Diabólico | Imaginação não é o forte do novo terror da Blumhouse

Danilo de Oliveira
3 Min de Leitura
1.5 Ruim
Crítica - Imaginário: Brinquedo Diabólico

A Blumhouse, conhecida pelos seus longas de terror com pequenos orçamentos, e resultados grandiosos de bilheteria, segue sua tendência de entregar novidades comerciais no gênero.

Se no início do ano a novidade era Mergulho Noturno, longa que apesar de uma idéia interessante, pecava com sua fórmula genérica e entregava uma obra aquém do potencial que a produtora já havia entregado, a bola da vez é Imaginário: Brinquedo Diabólico, novo projeto que brinca com a idéia de imaginação infantil, mas que assim como o projeto anterior da empresa, peca na execução e entrega mais um péssimo exemplo de se fazer um filme de terror.

Em Imaginário (Imaginary no original) Jessica (DeWanda Wise) decide retornar com sua família para a casa onde cresceu e criou boas memórias. Logo quando chegam ao local, sua enteada mais jovem Alice (Pyper Braun) fica apegada a Chauncey, um ursinho de pelúcia que ela encontra no porão. Apesar da interação parecer divertida no início, não demora muito para as coisas ficaram sinistras, descobrindo que o amigo imaginário que Jessica deixou para trás é muito real e infeliz por ter sido abandonado.

Paris Filmes/Reprodução

O roteiro apesar de abordar temáticas como traumas de infância, amigos imaginários e estrutura familiar não sabe explorar um décimo de seu potencial e constrói tudo isso da forma mais previsível e repetitiva possível.

É interessante que obras de terror como Brinquedo Assassino (1988) já utizaram certas nuances da idéia aqui apresentadas por Imaginário, mas de forma muito mais tensa e atmosférica. Aqui isso tudo falta seja na construção do terror que se utiliza da previsibilidade da cartilha do terror pra tentar criar sustos telegrafados ( os famosos jumpscares) seja em seu plot twist que tenta criar uma reviravolta de impacto, mas acaba tropeçando nas próprias pernas.

A Blumhouse que antes se fazia do baixo orçamento pra entregar boas obras de terror, se tornou uma máquina de produção de filmes genéricos que renegam a criatividade.

A parte técnica do longa está dentro do orçamento se encaixa. O uso de efeitos práticos em alguns momentos são bem utilizado pra maquiar o CGi tosco de algumas figuras, mas tudo bem. A direção de Jeff Wadlow segue o padrão dos “terror de shopping” sempre seguindo uma cartilha básica dos clichês do gênero.

Paris Filmes/Reprodução

Pra não dizer que tudo é um desperdício, a atriz mirim Pyper Burn é um achado e consegue entregar uma doce e inocente Alice, principalmente em uma cena com a psicóloga, talvez a melhor do longa todo. O restante do elenco está dentro do que o roteiro entrega.

Pra finalizar, Imaginário: Brinquedo Diabólico ironicamente, falha em entregar algo fértil e se torna uma experiência esquecível na melhor das suas imaginações.

Crítica - Imaginário: Brinquedo Diabólico
Ruim 1.5
Nota Cinesia 1.5 de 5
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