Homem-Aranha: Através do Aranhaverso expande e amplia tudo o que foi feito pelo seu antecessor em uma aventura ainda mais épica

Danilo de Oliveira
8 Min de Leitura

Em 2018, a Sony trouxe aos cinemas Homem-Aranha No Aranhaverso, aventura animada que tinha como protagonista Miles Morales em meio a multiverso repleto de outros heróis aracnídeos. A animação não só quebrou um domínio da Disney nas premiações com suas animações 3D padrão, como definiu um novo patamar para se fazer uma nos últimos anos.

Gato de Botas 2, Arcane, a futura Elementos, tudo isso não seria possível sem o estilo que Aranhaverso trouxe de tão incrível, adaptando bem o que seria uma história em quadrinhos animada. E não era só na animação que o filme brilhava, como também tinha uma história cativante que a colocava junto de obras como Homem-Aranha 2 de Sam Raimi como melhores adaptações do personagem.

Sony Pictures/Reprodução

Pois se passaram 5 anos desse feito e eis que chegamos a Homem-Aranha Através do Aranhaverso, sequência do longa que se torna o episódio de meio de uma trilogia que se encerra em 2024. Bom, pois saibam que a sequência é tão ambiciosa quanto o seu antecessor e entrega uma das melhores experiências de super-heróis do ano e com certeza uma das melhores cinematográfica de 2023, com uma aventura ainda mais ampla, madura e repleta de nuances visuais de encher os olhos, além de elevar novamente o patamar para um filme de animação.

No novo filme, Miles Morales (Shameik Moore) já está mais acostumado com a sua vida de Homem-Aranha no Brooklyn, só que um novo vilão misterioso, o Mancha (Jason Schartzman), coloca em risco não apenas o multiverso mas também todos aqueles que Miles mais ama. Por isso, o herói terá que se unir a antigos aliados, como Gwen Stacey (Hailee Steinfeld) e Peter B. Parker (Jake Johnson), além de uma futurística e enigmática variação do Cabeça de Teia, Miguel O’Hara (Oscar Isaac).

Sony Pictures/Reprodução

O roteiro de Phil LordChristopher Miller Dave Callaham é sagaz por ter um diferencial que a coloca acima de outras produções do gênero, que é justamente não ter medo de abraçar toda a grandiosidade e diversão do universo dos quadrinhos e, dessa maneira, criar algo somente seu a partir de uma história tão popular quanto a de Peter Parker. Tudo do que o primeiro filme moldou é expandido em uma escala sem iguais.

Se tínhamos antes a idéia de se torna e se precisa para ser um Homem-Aranha, aqui está o que define um e o que precisa para encontrar sua identidade própria diante das circunstâncias. Aliás a jornada não só dos protagonista, como do restante do personagens permeiam o longa com uma densidade pouco vista em produções do gênero. Se Miles vive a intensidade da adolescência, sua busca por identidade em meio as escolhas dos pais e até pelo Aranhaverso, vemos as perspectivas de ser o Homem-Aranha sobre outro ponto pelo personagem do Miguel O’ Hara, o Aranha 2099 que é cabeça da sociedade dos Aranhas. Pra Miguel o destino é imutável e qualquer mudança pode acarretar em problemas que podem destruir o tecido da realidade e seus métodos por mais enérgicos e bruto, fazem sentido para o personagem, visto seus dilemas e história. A Gwen-Stacy também tem um papel maior aqui, e vemos um pouco mais dos seus dilemas por não se encaixar com outras pessoas e sua relação com seu pai. O amadurecimento é um ponto importante na sequência e seus quase 140 minutos ( 2 horas e 20 min) toma bem essa importância.

Sony Pictures/Reprodução

Como todo bom filme o teor dramático não é tudo que ele pode nos oferecer, aqui temos humor e adrenalina a mil, as cenas de acrobacias dos Spiders são incríveis, temos passeios pelos cenários exclusivamente da ótica aranha, de elevadores de cabeça para baixo, até as criativas utilizações dos lançadores de teia.

Como se bastasse o roteiro ter um aprofundamento maior nos seus personagens, não podemos esquecer que o conceito do multiverso é ainda mais explorado, e mesmo com a moda do conceito atualmente em Hollywood, o filme consegue ainda ter seu estilo narrativo esperto e sagaz a tudo que foi trazido no seu antecessor.

Outro ponto a ser destacado é os novos rostos em meio a centenas de Aranhas. Cada tem seu estilo único de ser.  O Homem-Aranha indiano é um carisma que só ele e seu jeito é possível de trazer. O Aranha Punk é outro que ganha destaque nos momentos que aparece, sempre sagaz em suas frases.

Sony Pictures/Reprodução

Claro que não posso deixar de falar do grande primor que a franquia moldou: sua animação! Se antes tínhamos, personagens com diferentes estilos inseridos em um universo, aqui temos vários outros universos apresentados de formas únicas misturado aos protagonistas. Sim, tudo aqui é elevado a décima potência e traz algo sensacional e fascinante! Através do Aranhaverso é um primor e um deleite de assitir e ficar de queixo caído com os detalhes. O universo da Gwen por exemplo traz uma profusão de cores que se basear nos sentimentos da personagem a cada momento dela(lembra um pouco o conceito do game Life is Strange: True Colors). O universo do Aranha Indiano tem uma estética muito parecida com um caleidoscópio de tão colorido e vibrante que é! E eu não falei da fusão impressionante de personagens, cenários e estilos diferentes em cena. Sério, o longa é uma obra-prima e com certeza o coloca novamente como referência na área.

Pra finalizar, Homem-Aranha Através do Aranhaverso é uma obra sem igual. Pega tudo o que foi realizado antes, mas não amplia da maneira expansiva e maior que Hollywood costuma fazer com sequência e sim traz novas maneiras de maximizar seu escopo de forma que cria algo único e incrível mais uma vez. Com um gancho pronto para seu já aguardado seu terceiro filme, tudo está preparado um encerramento ainda mais épico! Visto o que já foi visto em 2018 e agora em 2023, não podemos duvidar da capacidade dessa equipe!

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