Halloween 2018 revive e renova umas das mais icônicas franquia do terror

Emile Campos
5 Min de Leitura

Jason,Freddy,Leathface entre tantos outros que influenciaram uma geração não teriam sua popularização sem ninguém menos Michael Myers e sua icônica franquia Halloween que John Carpenter nos presenteou em 1978, dando o grande BOOM no sub-gênero do terror conhecido como Slasher, os famosos filmes de assassinos mascarados e sádicos.

Se inspirando no cinema italiano(no diretor Mario Brava precisamente)Carpenter e Debra Hill, criaram uma historia simples, porém bem arquitetada que gerou uma figura que representa o mal encarnado que simplesmente anseia por morte, na figura do homem que se veste em uma mascara pálida (baseada no rosto do William Shatner, capitão Kirk de Star Trek, que foi modificada pela produção) tentando acuar Laurie Strode (Jamie Lee Curtis em seu primeiro papel).

Depois de gerar 7 continuações e dois filmes reboot feitos por Rob Zombie, 40 anos depois o produtor Jason Blum da Blumhouse juntamente com o diretor David Gordon Green, o ator e roteirista Danny McBride com aval de Carpenter(que assina novamente a trilha sonora e é um dos produtores) excluem todos as sequencias e continuam os eventos apos o primeiro longa apenas para nos oferecer o que há de melhor na criação de Carpenter.

Quatro décadas depois dos acontecimentos mostrados em “Halloween – A Noite do Terror”, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) ainda sofre das consequências de seu encontro com Michael Myers. Ela vive excluída da sociedade, sempre aguardando por um possível retorno do assassino mascarado, algo que acontece quando ele estava sendo transferido. Agora, Laurie precisará lutar mais uma vez para sobreviver e, ao mesmo tempo, proteger sua família.

Ao continuar os eventos somente do original, a versão 2018 (ou “Recut” como estou chamando rsrsrs)respeita as bases estabelecidas, estabelece novas regras – afinal, são quarenta anos separando os dois, era necessária uma pequena atualização -, e dá uma nova visão para um subgênero que não tem oferecido muita renovação nos últimos anos, e que nem precisava! Na sua essência, o filme respira o mais do mesmo, só que o de melhor que o slasher tem a oferecer. Todas as regras que envolvem o sub-gênero estão aqui. Mas Green consegue trabalhar com elas de maneira satisfatória, com o apoio de um roteiro que não busca reinventar a roda.

Mesmo com isso, a produção não está isenta de falha. A virada do segundo para o terceiro ato é apoiada em alguns recursos preguiçosos do roteiro, onde sobra certas conveniências pra avançar e onde as suspensões de descrenças deve ser levada em consideração, algo que é meio que plausível,já que o longa segue toda cartilha do gênero, incluindo seus pontos negativos.

Mas fora esses pecados no roteiro, Green manda muito bem na direção, inspirando-se bastante no trabalho de Carpenter, o diretor guia o filme de forma eficiente, sabendo elevar a tensão gradativamente,utilizando a marcante trilha e sem se apegar a sustos óbvios, coisa que o cinema do medo hoje se utiliza bastante e atrai os frequentadores de shopping.Até as matanças desse longa bem feitas e Myers é uma maquina de fazer chacinas e mostra que os anos enclausurado só fez bem(ou mal)destaque pra um belíssimo plano-sequência, que entrega ao público informações que os personagens desconhecem sobre a presença do vilão, nos deixando em dúvidas sobre qual será o destino das pessoas em tela.

Jamie Lee retorna pra a franquia que a inciou e é um show a parte sua Laurie mais madura. A atriz traz e demostra uma camada mais dramática do que os eventos do passado provocaram na personagem e nós sentimos isso e como reflete em sua família.

Halloween 2018 é uma sequência que se compromete a estabelecer todas as conexões necessárias com o primeiro exemplar da franquia, ignorando tudo que a comprometeu nos últimos anos. O longa demostra respeito ao original, mas trilha caminho próprio pra trazer novos fãs para uma dos maiores franquias do terror e com certeza o mais influente slasher de todos os tempos

 

 

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