Hachiko: Para Sempre | Novo remake, mesma emoção

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura
Paris Filmes/Reprodução
3.5 Muito Bom
Crítica - Hachiko: Para Sempre

Lançado em 1987, Hachiko se tornou um clássico absoluto quando falamos em filmes emocionantes com cachorro.

Talvez muitos aqui no Brasil, não lembrem ou conheçam a história real japonesa, que conta inclusive com uma estátua em homenagem ao cachorro na estação de Shibuya, região especial de Tóquio, através de seu remake americano com Richard Gere ‘Para Sempre ao Seu Lado’ que ajudou inclusive a história se tornar mais popular no ocidente.

Agora, foi a vez do jovem diretor chinês Ang Xu fazer outra adaptação da história na tela grande com Hachiko: Para Sempre, um remake que reconta a história com algumas alterações, mas mantendo a emoção de uma amizade verdadeira entre cachorro e dono.

Assim como na história real, mas com algumas diferenças, Hachiko é um lindo da raça Akita Inu, ele conheceu seu proprietário, Chen Jingxiu (Xiaogang Feng) no meio da multidão e tornou-se membro da família Chen. A dupla cria um forte laço de amizade e afeto a ponto do cão acompanhar seu dono até a estação todos os dias. No entanto, quando o professor morre, o companheiro passa a esperá-lo no mesmo lugar apesar da família decidir deixar a cidade.

Paris Filmes/Reprodução

O roteiro segue uma estrutura já característica de muitas obras do gênero, como ‘Marley e Eu’ (2008) por exemplo na questão emotiva. A construção da amizade e relação entre Chen e Hachiko é o principal elo, que unida ao relacionamento familiar cria dois eixos que atingem seu grande potencial ao se unir pouco mais da metade do filme.

Mais com certeza, a relação entre Chen e Hachiko é o lado mais bem trabalhado e que causa mais sentimentos no espectador. Logo após resgatar o cãozinho, o prof. Chen não tem outra opção se não levá-lo ao seu local de trabalho, a universidade. Vemos Hachiko “escondido” na mochila do professor enquanto ele caminha para sua sala, já que ele tem uma reunião urgente. A montagem paralela entre Chen na reunião agoniado para ir embora e Hachiko escondido na sala é uma sequência cômica muito boa usando da relação deles, mostrando também a preocupação do professor com o animal que acabara de encontrar.

Paris Filmes/Reprodução

Apesar da leveza e a emoção que percorre o filme nos pegando aos poucos até no deixar em lagrimas, sentir falta de uma trilha sonora mais apaixonada, mais tocante com o filme no todo. ela não é ruim, hora transitando entre comédia, felicidade e até suspense em momentos específicos, e até funciona quando há a presença de Hachiko em cena, mas no restante da obra acaba seguindo só uma cartilha padrão desse tipo de filmagem.

Um outro ponto que quero destacar é o trabalho de direção de arte! O filme sabe construir muito bem design de produção, figurinos e uma maquiagem que faz o publico observar a passagem de tempo de forma perfeita, mesmo que o longa informe.

Paris Filmes/Reprodução

Seria inevitável a comparação com as versões japonesa e estadunidense da mesma história, mas aqui o grande mérito da nova versão é atualizar a história, já que ela se passa mais próximo dos dias atuais e também trazendo as características chinesas para a história.

Pra finalizar, Hachiko: Para Sempre, é um belo remake que atualiza a conhecida história de amizade e lealdade entre humano e animal, sem deixar de manter a emoção e sensibilidade que a obra original e o seu exemplar americano se fez tão presente no imaginário popular. Um programa perfeito para todos aqueles que amam se emocionar com filmes de cachorros.

 

Crítica - Hachiko: Para Sempre
Muito Bom 3.5
Nota Cinesia 3.5 de 5
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