Em 2014, Godzilla foi trazido de volta pra a America, depois de fracassar em 1998 no filme pouco inspirado de Roland Emmerich. A Legendary Pictures juntamente com a Warner e o diretor Gareth Edwards trouxeram um filme que respeitava as origens do monstro ao mesmo tempo que montava seu universo compartilhado no melhor estilo MCU, intitulado, MonsterVerso.
A expansão veio 3 anos depois com Kong: A Ilha da Caveira, que trazia uma nova origem pra o gorila mais famoso dos cinemas, assim como o inseria no universo dos kaijus. Sua cena pós créditos já deixava plantada o território pra a continuação do Rei dos Monstros, o que vemos agora em Godzilla 2: Rei dos Monstros, filme que expande o universo monstruoso do estúdio trazendo a mais próxima idealização de produções de kaijus que os americanos já fizeram.
A história se passa cinco anos depois dos acontecimentos do filme anterior e gira em torno da família Russell, mostrando como o relacionamento entre eles mudou desde o primeiro despertar de Godzilla. Enquanto isso, a agência Monarch descobre a existência de diversas criaturas gigantes adormecidas, e precisa lidar com elas quando começam a acordar.
Se no anterior a principal reclamação era pouco tempo de tela do Godzilla, nesse pode esperar não só ele, mas varias criaturas. Os titãs são os astros e roteiro entende disso e não empurra os dramas dos personagens pra gente, na verdade eles existem mas sempre fica em segundo plano, já que suas tramas são genéricas, cheia de conveniências e soluções fáceis. Ainda bem que isso não é o foco e não tira em nenhum momento o espectador, já que o importante é ver monstros se digladiando.
As cenas dos monstros se enfrentando são muito empolgantes e todo instante nos deixa na pontinha da cadeira tamanho impacto elas se mostram em tela. Os efeitos visuais são excelentes, cada passo do Godzilla é sentido e cada bater de asas do Ghidorah parece está vindo em sua cara, e isso auxiliado ao sensacional efeitos de som, faz tudo ser muito crível. O design das criaturas respeita suas idealizações originais japonesas e ainda traz atualizações necessárias pra elas terem ainda mais impacto na tela. E não pará ai, até suas trilhas sonoras clássicas são trazidas nas composições feitas por Bear McCreary, mostrando um incrível respeito as suas figuras orientais que os produtores tiveram.
No campo de atuação nada muito incrível, até porque como os monstros são os protagonistas e ocupam mais tempo de tela, eles acabam sendo um tanto que unidimensionais. Nomes de peso como Ken Watanabe, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown,Kyle Chanders, Charlie Dance fazem o que pode com o que o roteiro oferece.
Godzilla II: Rei dos Monstros cumpre o que promete entregando um divertido e empolgante embate de monstros gigantes, sendo fiel a suas raizes orientais e expandindo ainda mais o MonsterVerso.
Obs: Fiquem até o final pois existe uma cena pós-créditos!