Especial Dia da Mulher | 5 autoras e suas protagonistas inspiradoras

Priscila Dórea
9 Min de Leitura

Essa breve (e novelesca) apresentação de autoras e protagonistas que inspiram, tem como único objetivo instigar vocês a lerem essas histórias… Ou relerem.

Laini Taylor nasceu na Califórnia (EUA), se formou em Inglês na Universidade de Berkeley, e sempre quis ser escritora. Porém só aos 35 anos terminou seu primeiro romance. Escreveu uma graphic novel, e dois romances sobre fadas, mas se tornou popular ao começar uma história com anjos, quimeras e o fim do mundo.

Em Feita de Fumaça e Osso, temos Karou, uma garota que estuda Artes, sabe falar inúmeras línguas, tem cabelo azul e vive com monstros. Aqueles a quem ela considera família são o seu maior segredo. Ou ela achava isso. A história de Karou não deve nem mesmo ser descrita como “nada é o que parece”, é um plot que vai muito além disso. O mundo em que ela vive, o mundo que ela vai vir a conhecer e tudo que ela vai ter que sacrificar ao decorrer da história, faz dela não apenas a protagonista divertida e corajosa apresentada a principio, mas também mostra um nivel de altruismo tão grande que é sim, nada mais que inspirador. E um pouco assustador também.

Publicado pela Intrínseca, os livros Dias de Sangue e Estrelas e Sonhos com Deuses e Monstros, e o ebook Noite de Bolo e Marionetes, completam a coleção.

Lauren Oliver nasceu é uma família de escritores em Nova York, e por isso achava super normal passar horas na frente do computador pensando sobre a diferença das palavras, além de ficar escrevendo continuações dos livros que lia, pois não queria se despedir dos personagens. Seu primeiro livro publicado nos EUA foi Antes que eu vá (publicado no Brasil pela Intrínseca), mas a sua protagonista que escolhemos vem de uma história mais… Delirante.

Em Delírio somos apresentados a Lena e a um mundo onde o amor é, literalmente, a pior doença que alguém pode vir a pegar, e por esse motivo todos os jovens, ao atingirem os 16 anos, tomam uma vacina que os protegem. Lena é o tipo de personagem que, a principio, parece normal demais para protagonizar uma distopia, porém é inegável o crescimento dela ao decorrer da história, e a sua escolha de aceitar os choques da vida (piada maldosa pra quem leu) e assim seguir em frente, lutando para alcançar objetivos que vão muito além dela.

Publicado pela Intrínseca, os livros Pandemônio e Réquiem completam a história. Além dos ebooks Annabel, Hana, Raven, Alex e o livro The Book of Shh.

Marissa Meyer é de Washington (EUA), e se formou em Escrita Criativa na Universidade Luterana do Pacifico. Ela trabalhou como editora de livros por cinco anos, e escrevia fanfics de Sailor Moon sob o pseudônimo de Alicia Blade, histórias que a ensinaram a ser escritora e mais critica. E o estouro que seu primeiro romance publicado causou nos faz concordar que o aprendizado foi bem aproveitado.

Em Cinder temos Linh Cinder, a mecânica mais famosa de Nova Pequim. Cinder também é uma ciborgue e tal condição é vista com enorme preconceito pela sociedade, mas ninguém é mais cruel com a jovem do que Adri, sua madrasta. A principio eu, e acho que muitas pessoas, achavam que essa seria mais uma versão da Cinderela, mudando apenas alguns detalhes do que já conhecemos… Gigantesco engano. Muito pouco além da base do plot se parece com as histórias da Disney (e até mesmo dos Grimm), nossa protagonista em meio a desventuras dignas dos irmãos Baudelarie, precisa aceitar não apenas quem é de verdade, mas também tentar conciliar o que deseja, com toda a esperança que um povo colocou nela.

Publicado pela Rocco, os livros Scarlet, Cress e Winter completam a tetralogia. Além dos livros Fairest, The Lunar Chronicles: Levana’s Story, Stars Above (coleção de contos) e a graphic novel Wires and Nerve.

Moira Young é de New Westminster (Canadá) e já foi atriz e cantora de ópera. Desde criança tinha vontade de ser escritora, e escreveu seu primeiro livro aos 9 anos, mas logo se apaixonou por atuar e cantar. Porém, a caminho de uma apresentação em 2003, ela caiu do ônibus e bateu a cabeça numa parede de tijolos e quebrou os dois pulsos (sim, isso aconteceu!). Depois de um longo tempo de recuperação, ela chegou à conclusão que aquilo era um sinal do universo de que ela estava fazendo algo errado, e recordou de uma vez ter escrito “Eu quero escrever um livro” em um diário e que ainda não tinha feito isso.

Em Caminhos de Sangue temos Saba, que durante toda a sua vida viveu na Lagoa de Prata, um imenso deserto que é assolado constantemente por tempestades de areia, mas com seu irmão gêmeo, mais bonito e inteligente, Lugh, ela não se importa com as condições do lugar onde vive. Até que Lugh é raptado e ela precisa trazer ele de volta. O mais interessante sobre Saba, além dela ser a mais grossa e cabeça-dura protagonista dessa lista, é o fato dela não ser a mais especial ou cheia de virtudes, e ela sabe disso. Porém nada nem ninguém vai impedir que ela encontre o irmão, e isso mostra não apenas para os leitores, mas também para a própria Saba, o quanto ela pode ser forte e poderosa de seu próprio jeito.

Apenas o primeiro volume foi publicado pela Intrínseca até o momento, a história continua em Rebel Heart e Raging Star.

Stephanie Perkins é da Carolina do Sul (EUA) e durante toda a vida esteve no meio de livros. Não apenas lendo, mas trabalhando como vendedora de livros e bibliotecária. Até que, finalmente, resolveu tomar coragem para escrever o seu próprio romance voltado para adolescentes e também para adultos que não tem medo de admitir que romances adolescentes são ótimos.

Em Lola e o Garoto da Casa ao Lado, Lola é uma designer-revelação que não acredita em moda, e sim em trajes. Ela tem três desejos simples: participar do baile de inverno vestida de Maria Antonieta; fazer os pais (pai + pai) aprovarem seu namorado; e nunca, jamais, voltar a ver os irmãos Bell da casa ao lado. E então Cricket Bell volta pra sua vida. Lola vive sob suas regras de vestimenta, e por mais que a achem estranha com sua roupas expressivas, divertidas perucas e brilhantes adereços, nada a faz reprimir seus gostos, ou a impede de ser uma boa filha e dedicada amiga. Lola nos inspira, e muito, a nos deixarmos ser quem queremos ser e a não permitir que a opinião de terceiros nos faça mudar contra nossa vontade.

Lola faz parte de uma trilogia antológica, e foi publicado pela Novo Conceito juntamente com Anna e o Beijos Francês. O terceiro, Isla e o Final Feliz, foi publicado pela Intrínseca.

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Jornalista e potterhead para toda eternidade, tem um amor nada secreto por mangás e picos de felicidade com livros em terceira pessoa. Além de colaboradora no Cinesia Geek, é repórter do Grupo A Tarde e coapresentadora do programa REC A Tarde.
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