E agora vamos ver o que rolou nas aguardadas conferências da Microsoft, Ubisoft e Sony?
Vejamos o que rolou de tão bom nelas!
Fim dos Exclusivos de consoles diz a Microsoft
A Microsoft começou mostrando o quanto estar disposta a unir Xbox One ao Windows 10.A filosofia foi afirmada de forma categoria e enterrou de vez um dos grandes baluartes da venda de consoles: o jogo exclusivo.
Correndo atrás na disputa de vendas, a fabricante confirmou os rumores e mostrou que todos os títulos até então exclusivos de XOne também serão lançados para PCs com o sistema operacional Windows 10. Basicamente todo o line-up de títulos da Microsoft até 2017 tem a função: Gears of War 4, Scalebound, Forza Horizon 3, ReCore e Sea of Thieves e Minecrafti, que engloba até iOS e Android.
Segundo Phil Spencer, a aposta é a de um futuro no qual as pessoas jogam seus jogos em mais de um dispositivo. Mas, por trás da decisão, vem um decreto de cima: a criação da Plataforma Universal do Windows (UWP), que integra o sistema operacional em todos os dispositivos. Como o Xbox é uma das marcas mais fortes da empresa, nada mais natural do que colocar os jogos para rodar também em ambas as plataformas.
Em volta dessa filosofia, a Microsoft mostrou mais uma vez um line-up forte de títulos para o fim do ano e o começo do ano que vem, com datas de lançamento e, pela primeira vez na E3 até agora, demonstrações de gameplay (aparentemente) ao vivo.
A dona do Xbox One vai para a disputa de vendas do fim de ano com ReCore em setembro, exibindo um interessante gameplay que une ação em terceira pessoa com plataforma. Gears of War 4, o principal game da Microsoft para 2016, mostrou uma ótima fase, com ação em meio a uma tempestade digna de Mad Max: Estrada da Fúria.
Scalebound, mais uma vez, mostrou como são impressionantes sua conexão com monstros gigantes e ação cooperativa com a assinatura frenética da Platinum Games. Na parte gráfica, Forza Horizon 3 foi provavelmente o maior destaque, com visuais deslumbrantes e excelente iluminação por circuitos australianos. Para a virada do ano, Dead Rising 4 e Halo Wars 2 marcam presença entre os exclusivos.
Por fim, a Microsoft também oficializou a versão slim do Xbox One e confirmou a chegada de um novo Xbox One, que promete gráficos melhores e suporte a realidade virtual sem inutilizar os modelos antigos. Resta ver o quão grande será essa diferença.
No mais a Microsoft nos mostrou que a era dos exclusivos do console terminou e só o tempo dirá se isso será uma estrategia vencedora!
Mantendo o hype sobre controle
A festa tomou conta da conferencia da Ubisoft .A apresentação super festiva anunciando Just Dance 2017 sem sombra duvida trouxe um ar bem animado para o que a produtora francesa viria a trazer.A realidade virtual que se tanto comentou se mostrou um tanto duvidosa e nada empolgante na apresentação.
Porem a presença de Watch Dogs 2, Ghost Recon: Wildlands e For Honor deixou bem claro qual o caminho que a desenvolvedora segue no momento – jogos com foco no multiplayer e baseados na ambientação elaborada; este último quesito, um dos maiores trunfos da Ubisoft nos últimos anos.
Watch Dogs 2 é o maior lançamento do ano e carrega consigo a responsabilidade de elevar o nível da franquia. Os cenários parecem mais coloridos e mais interessantes do que o primeiro jogo, onde a possibilidade de hackear as coisas exigia, de forma desnecessária, um tom acinzentado em todos os ambientes. Sem querer aumentar o hype em cima do game(o que foi ruim para o primeiro), a Ubisoft mostrou uma missão rápida na conferência e logo seguiu para outros anuncios. A atitude mostra que a empresa aprendeu com os erros de promessas falsas e dá um crédito a mais para a série, que sem a expectativa exagerada pode mostrar a que realmente veio desde que foi anunciada.
Ghost Recon: Wildlands repetiu as demonstrações do ano passado no chão da E3 e continua a impressionar pela vastidão dos mapas. O vídeo mostrado explorou bem a cooperação que será possível realizar com os quatro protagonistas em locais e com operações bem diferentes. For Honor também apareceu e mostrou o modo campanha, que parece uma cópia direta do multiplayer apresentado ano passado. A caracterização, de novo, faz o jogo se destacar e a parte gráfica continua a encher os olhos – ainda é necessário ver se essa promessa ultrapassa a beleza. O sistema de combate é o ponto forte do jogo, que pode ser a melhor surpresa da Ubisoft no ano fiscal, pois ele sai em fevereiro de 2017.
Os franceses deixaram os indies um pouco de lado para mostrar experiências com realidade virtual. Star Trek e Eagle Flight foram os escolhidos e não empolgaram. Star Trek, apesar da força da marca, não foi além de caracterizar o interior da nave, ainda faltam incentivos para mostrar uma interação mais relevante. Eagle Flight foi ainda mais experimental e trouxe uma espécie de quadribol com águias. No fundo, o game parecia mais uma tech demo do que um trabalho completo.
A Ubisoft não arriscou e só agendou seus lançamentos – a revelação de Steep não foi bombástica o suficiente para segurar o público, que saia do teatro antes do encerramento. Por serem comedidos, os franceses dão esperança de um ano mais estável, o line up de jogos ao menos garante força para um bom desempenho.
Entrando com os pés na porta
Depois dos anúncios bombásticos de 2015, muitos se perguntavam se a Sony conseguiria manter a expectativa dos fãs nas alturas em sua conferência na E3 2016. Muitos podem julgar que as novidades desta conferência não tem o peso histórico do que aconteceu na E3 do ano passado, mas esta apresentação deixa claro que a fabricante dominou e definiu o lado do “espetáculo” presente na feira – justamente o que mais mexe com a emoção.
A dona do PlayStation 4 ficou praticamente uma hora a menos no palco do que suas concorrentes e não perdeu um minuto sequer mostrando jogos, jogos e mais jogos. Seguindo a cartilha do ano passado, o início foi um tapa na cara!: um novo God of War, que retoma uma das franquias mais importantes da Sony com uma nova direção interessante.
A partir daí, emendaram-se os anúncios em uma ordem quase caótica: o lendário The Last Guardian enfim ganhou sua data de lançamento; foi revelado Days Gone, novo título de ação em terceira pessoa com zumbis; Resident Evil 7 foi anunciado com um gameplay que mais lembrava a cultuada demonstração P.T. do que qualquer outra coisa, mais que ainda sim parece que a serie vai voltar as origens do terror.
Em um momento no qual as empresas costumam lotar o palco com desenvolvedores, engravatados e palestras, a Sony foi na contramão e colocou apenas três pessoas no palco: os executivos Shawn Layden e Andrew House, e Hideo Kojima – este último, apresentado com pompa de rockstar ao som da trilha sonora do ultimo Mad Max, como o novo nome da fabricante após sua saída da Konami, veio para revelar Death Stranding, seu novo projeto em parceria com Norman Reedus.
Até mesmo o hardware foi deixado de lado nessa estratégia. O novo PlayStation 4 foi corretamente deixado de fora da apresentação e foi singelamente confirmado dias antes da E3. Até mesmo o PlayStation VR, o próximo grande aparelho no lineup da empresa, teve só sua data de lançamento e preço divulgado, e o foco voltou para os jogos: Star Wars e Batman Arkham vão engrossar o coro de games a serem lançados para o dispositivo.
Mais surpreendente ainda foi, quase do nada, o anúncio de um novo jogo do Homem-Aranha para o PlayStation 4, com desenvolvimento da Insomniac, de Sunset Overdrive.
Assim como no ano passado a maioria dos jogos mostrados sequer tem previsão de lançamento e, enquanto as outras produtoras se focaram em títulos com lançamento próximo, a Sony parece mais interessada em olhar vários anos à frente.Pode ser um ponto a se negativar a apresentação, mas, muito da E3 é o espetáculo, o hype, a ansiedade pelo que vem aí. E, mesmo com uma hora a menos, a Sony parece ter entendido isso mais do que suas concorrentes.
E ainda temos aqui o novo trailer de Detroit:Become Human, novo projeto da Quantic Dream, mesmo estudio de Heavy Rain e Beyond Two Souls
E então o que acharam das conferências?