Conhecido mundialmente, o jogo de RPG Dungeons & Dragons, já teve outras adaptações para a mídia audiovisual antes desse longa que chega nesta quinta-feira feira (13) nos cinemas nacionais.
Talvez a mais conhecida aqui seja a série animada Caverna do Dragão, onde um grupo de jovens tentam achar o caminho de casa em um mundo mágico. A animação ganhou popularidade por não possuir um final lançado originalmente (ficando somente no papel) e gerou inúmeros debate entre as pessoas.
A franquia também teve um longa para os cinema lançado no início dos anos 2000 que é esquecível ( a história é uma bagunça e os efeitos já eram datados já na época) tornou ainda mais receoso Hollywood por tentar adaptar games de mesa. Bom, a nova produção produzida da Paramount em conjunto da Hasbro ( a partir da eOne, sua divisão de cinema e TV) é um alívio por conciliar uma aventura divertida para a família, assim como agradar os fãs de uma boa jogatina RPG em uma tarde com os amigos.
O longa centra no bardo Edgin (Chris Pine), que busca uma relíquia mágica para ressuscitar sua esposa e recuperar a confiança de sua filha Kira (Chloe Coleman). A campanha não é a mais complicada – derrotar o exército do ex-aliado traíra Forge (Hugh Grant) e da feiticeira Sofina (Daisy Head) – na companhia da bárbara Holga (Michelle Rodriguez), da druidesa Doric (Sophia Lillis), do paladino Xenk (Regé-Jean Page) e do mago Simon (Justice Smith).
O roteiro de D&D: Honra Entre Rebeldes bebe que um clichê básico desse gênero, principalmente os longas dos anos 80: um grupo improvável se junta em uma jornada para recuperar um item, mas as coisas se tornam obscuras quando eles cruzam caminho com as pessoas erradas. A estrutura é básica, mas bem executada e mergulhada no universo da franquia e elementos da fantasia, a aventura é um puro deleite.
Sabiamente os diretores e roteiristas John Francis Daley e Jonathan Goldstein parecem está bem a vontade ao utilizar o timming cômico do seu elenco ao seu favor enquanto insere referências e elementos do universo do game, claro, sem ser restrito apenas ao fã, como fazendo até quem não sabe nem mesmo o que é um D200 na vida se aventurar e se divertir durante as duas horas de filme. Os diretores tem um bom olhar pra montar suas sequências de ação de forma que não seja uma zona, assim como seus movimentos de câmera são bem sacados para fazer sentido e junção a certa habilidade dos personagens.
A parte técnica é bem eficiente em fazer um bom uso do CGi juntamente com criaturas animatrônicos e prostéticos.
Pine e Smith roubam a cena, mas têm grande ajuda de Hugh Grant e Rege-Jean Page. Lilis e Rodriguez consegue fazer seus personagens operacionais na trama.
Apesar da sua parte dramática não ser lá isso tudo e soar meio piegas, no geral Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes agrada e cumpre seu papel como uma divertida e gostosa aventura que se aproveita em um final de semana seja nos cinema ou em uma sessão de RPG.