Após uma série de tiroteios em escolas na história recente dos Estados Unidos, e o caso que mobilizou jovens de todo país após o ataque em uma escola na cidade de Parkland, na Flórida, que resultou em 17 mortos, a Casa Branca anunciou na quinta-feira (1º) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai se encontrar com os principais executivos da indústria dos games para falar sobre jogos violentos.
Recentemente, Trump chegou a acusar os games violentos, ao lado de filmes, como alguns dos motivadores para que americanos, que tem acesso fácil a armas, realizassem ataques a escolas. Ele também disse que tem a ideia de armar professores, que seriam aptos a impedir ataques de atiradores. É o mesmo caso que estamos cansados de saber desde o começo da década de 1990: é mais fácil culpar os games violentos, que possuem uma classificação indicativa, do que debater políticas de acesso aos armamentos. E é exatamente isso que os sobreviventes do tiroteio na escola, jovens e adultos americanos querem, mas não o presidente.
De acordo com a porta-voz da presidência americana, Sarah Huckabee Sanders, “Trump vai se encontrar com os principais membros do mercado de games para ver o que eles podem fazer sobre o caso”, disse quando perguntada por um repórter se Trump falaria sobre uma mudança na política no controle de acesso a armas no país.
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Não foi revelado quem e quando esse encontro acontecerá. De acordo com reportagem do site Kotaku, ninguém do governo sabia desse encontro e souberam apenas quando a porta-voz falou.
O fato é que trazer essa discussão da politica de acesso a armas no país é mais doloroso para Trump, que tem na maioria de seus eleitores americanos conservadores que defendem a posse de armas. Contudo, games violentos são vendidos em todos os países do mundo, mas esse tipo de ataque a escolas, muitas vezes feitos pelos próprios alunos, de longe não acontece com a mesma frequência em outros países.Será mesmo que os games violentos são o problema, Senhor presidente?