Crítica – A Última Ressaca do Ano

João Fagundes
4 Min de Leitura

Uma comédia natalina é tudo que o mês de Dezembro precisa pra começar com tudo! Dos diretores de “Coincidências do Amor” e “Escorregando Para a Glória”, eles terão um grande momento para mostrar que podem fazer um filme contemporâneo e digno de estar ao lado das clássicas comédias do natal. Você está convidado pra festa!

Após a morte do pai, os irmãos Clay (T.J. Miller) e Carol Vanston (Jennifer Aniston) terão de administrar sua empresa, o que se torna uma competição para quem terá o controle. Mesmo tendo que cortar gastos e gerar lucros, Clay decide dar a maior festa de natal para impressionar um cliente valioso para manter sua filial aberta. Para isso ele contará com seu amigo Josh (Jason Bateman) e todos os outros funcionários que podem ser demitidos se algo der errado.

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Repleto de piadas, algumas sem graça e outras bem aproveitadas, o filme faz uso de ideias que são uma ótima forma de cativar o espectador. Uma delas é a que estamos no século XXI e as mulheres mostram como ninguém que estão no poder. Outra é o uso da tecnologia de forma desenfreada, ainda mais nas novas gerações (crianças e adolescentes). Tudo com bom humor, mas servindo como uma crítica inteligente.

Embora tenha essa inovação pertinente, não se tem um roteiro lá muito organizado. O elenco é bom demais pra deixar essa “festa” chata, então será ótimo ver Jennifer Aniston e Jason Bateman atuando juntos novamente (já contracenaram em “Quero Matar meu Chefe 1 e 2” e em “Coincidências do Amor”) ainda que o destaque fique com outros personagens que no fim das contas não foram tão aproveitados. A exemplo temos Kate McKinnon (“Caça-Fantasmas”) na pele de uma funcionária politicamente correta e a revelação de Jillian Bell sendo expressivamente hilária.

A maravilhosa Olivia Munn (Psylocke de “X-Men: Apocalipse”) mostrando cada vez mais seu talento ao integrar o time de Clay, personagem de T.J. Miller, que é mais uma tentativa de criar um Stifler de “American Pie” e no fim foi um cara divertido, só que exagerado. A atriz Da’Vine Joy Randolph é uma policial que com certeza queríamos ter visto mais em cena. Vanessa Bayer (“Saturday Night Live”)que sempre é brilhante, pareceu ofuscada dessa vez.

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Como toda festa, a trilha sonora é essencial! As canções se encaixam no clima PARTY HARD, que tomará maior parte do filme. A história ao menos se concluiu muito bem, não precisando de uma sequência. Pra quem gosta de filmes bem inapropriados como as franquias “Todo Mundo em Pânico” ou “Se Beber, Não Se Case” vai gostar desse.

Josh Gordon e Will Speck fizeram algo bom, afinal: tudo que precisamos é rir das loucuras que os diretores colocaram sem piedade nesse filme, o que não é difícil. Para finalizar, adicionaram algumas cenas deletadas enquanto os créditos surgem. Se estiver apenas interessado em ver esse elenco, aproveite sem moderação!

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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