Crítica – Sniper Americano

João Fagundes
3 Min de Leitura

A nova obra do cineasta Clint Eastwood narra a trajetória do infalível atirador de elite Christopher Scott Kyle, morto a tiros por um soldado veterano da guerra no Iraque em 2013. Sua fama se deve ao número de indivíduos executados, que somam 160 pessoas (oficialmente).

O filme nos insere no clima de tensão da guerra no Iraque, após a destruição das Torres Gêmeas em 2001. Sob a visão aflita de Chris somos levados para sua juventude. Nascido no Texas, sob a rígida criação do pai, o jovem desenvolveu sua habilidade como atirador através da caça. Anos depois, já na sua fase adulta, Chris vê a necessidade de se alistar nos SEALs (Sea, Air, Land Teams) para servir o seu país. Após uma exaustiva seleção de soldados, ele finalmente consegue integrar a tropa, deixando sua frustrada carreira de caubói. Durante uma celebração de sua conquista ele conhece sua futura esposa Taya, mãe de seus dois filhos.

Sniper Americano” retrata os 4 turnos de serviço que Chris prestou a tropa de elite da Marinha americana. Todos repletos de detalhes sobre os horrores de se estar no meio de uma guerra. Ainda sim é possível rir em vários momentos do filme, que servem para quebrar o clima de total insegurança exposto na obra. Apenas no último turno vemos o quanto Chris aprendeu com os anos de atuação, e o grande feito de acertar um tiro a uma distância de 1.920 metros.

Em sua estréia nos Estados Unidos, “Sniper Americano” bateu recordes de bilheteria e gerou polêmicas. Seria Chris Kyle, digno de ser chamado de herói? Ao lado de McEwen, ele escreveu o livro (sob o qual o filme se baseou) “American Sniper”, com relatos de sua atuação militar. Apelidado de “Legend” (Lenda), Chris admitiu achar divertido e foi franco ao dizer que “amava o que fazia.

sniper_americano-358850
Bradley Cooper mostrou mais uma digna atuação e soube explorar bem os traumas vividos por Chris Kyle ao vingar seus companheiros mortos pelo atirador da Al-Qaeda e a dificuldade em ser um pai/marido presente. Além de atuar, Cooper produziu o filme e foi indicado ao Oscar por sua atuação.

Como todos os filmes de Clint Eastwood, este divide opiniões, mas devemos levar em consideração o fato dele não ter feito um filme sob uma viés política; tema cujo qual interessa o cineasta.

É impossível contar o número de mortes presentes no filme, sendo que somente umas cinco serão lembradas após a sessão. Alguns efeitos mostram uma certa defasagem e o final não é nada além de uma homenagem.

Share This Article
Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *