Crítica – Quando as Luzes se Apagam

João Fagundes
3 Min de Leitura

Quando o medo do escuro se une com o irresistível medo do desconhecido, é hora de se arrepiar enquanto investiga a situação. Baseado no popular curta “Lights Out” (2013) do diretor David F. Sandberg, que também será responsável pela direção desse, que é seu primeiro filme, tendo James Wan (“Invocação do Mal”) na produção desse terror que possui uma história simples, mas é competente na arte de assustar.

Logo em seu início seremos apresentados ao problema, ainda que use o mesmo molde de outros filmes do gênero. Uma entidade que aparece em ambientes escuros provoca uma série de acontecimentos na vida de uma família desestruturada, onde a jovem protagonista terá de se reaproximar da sua mãe e de seu irmão para impedir um desastre ainda maior.

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A trama é repleta de segredos para prender a atenção, e embora escondida no escuro, fará uso da sua “criatura” a todo momento. Teresa Palmer (“O Grito 2”) é um tanto sem graça no papel de uma jovem rebelde, mas contracena bem com o ator mirim Gabriel Bateman (“Annabelle”) que será seu irmão, um dos melhores personagens. A mãe dos jovens é interpretada por Maria Bello (“A Casa dos Mortos”), atriz que conseguiu carregar o drama da personagem que está deprimida após perder o marido. Vale mencionar que a atriz Lotta Losten, a mesma que esteve no curta “Lights Out” e outros de Sandberg (que é seu marido), estará com sua cena garantida.

Com uma boa fotografia em uma duração mínima, o filme compensa seus clichês ao não enrolar, nem se exceder. Não se deram ao trabalho de explicar com muita clareza sobre o inimigo, mas deixou aberto a interpretações ao mostrar em cenas a sua relação com os personagens principais. Possui bons efeitos visuais, onde agradecemos a escuridão por proporcionar uma imersão gradativa.

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Quando as Luzes se Apagam” foi uma surpresa. Fez jus a expectativa de quem assistiu o curta, assustou, e por fim nos apresentou David F. Sandberg, que também será diretor em “Annabelle 2”. É óbvio que depois de um terror como esse, acompanharemos seus próximos trabalhos. Esperamos que ele seja bom até com as luzes acesas.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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