Um bom suspense policial é aquele que te mantém com os olhos na tela sob risco de perder uma pista, uma bala ou a cena que te faria entender o longa. O diretor brasileiro Afonso Poyart, responsável pelo sucesso “2 Coelhos” está provando sua força no mercado internacional, trazendo um elenco de renome e uma investigação ambiciosa.
Joe (Jeffrey Dean Morgan) trabalha para o FBI, onde está na busca de um serial killer enigmático, tendo que contar com a ajuda da agente Katherine (Abbie Cornish) e seu amigo John (Anthony Hopkins) , este que possui talentos paranormais que podem ajudar na investigação, mas desde o falecimento de sua filha vive recluso.
O título original da obra “Solace” (consolo) é apresentado conjuntamente com o seu significado seguido de investigações de um assassino que não deixa vestígios. Com mais cenas imaginárias do que reais o filme conduz de maneira sintética, tendo uma melhora gradativa, havendo momentos em que o espectador se sentirá vendo um videoclipe à lá “American Horror Story”, o que por sorte tem um motivo.
Jeffrey não faz o personagem mais interessante da trama, diferente dos demais membros do elenco, onde Abbie será cada vez mais cativante em seus momentos de embate com Hopkins, que por sua vez não nos poupa do seu sarcasmo natural. Por fim o ator Colin Farrell deixa tudo mais claro e perigoso, fundamentando bem suas intenções.
Os efeitos deixaram a obra bastante artística, mas sem uma trilha sonora marcante ou uma fotografia memorável. As habilidades especiais de Hopkins e Farrell deixaram tudo ainda mais acirrado, mas se conclui de maneira morna. Poyart está aumentando seu arsenal como diretor, mas deve tomar cuidado ao ingressar em Hollywood, pois muitos se perdem por lá.